Ed Motta causa polêmica ao detonar quem ouve hip hop: ‘Sou preto, mas represento o que a raça tem de mais sofisticado’; assista

Cantor de jazz foi alvo de críticas após as declarações controvérsias em uma transmissão ao vivo

Ed Motta protagonizou uma polêmica na internet ao criticar o hip hop em uma transmissão ao vivo em seu Instagram, na noite desta quarta-feira (12). Na ocasião, ele desdenhou do gênero musical e chamou de “burro” quem quer que o ouvisse. O cantor de jazz gerou ainda mais controvérsia ao falar sobre a cor de sua pele.

“Respeita. Eu não sou branco, p*rra. Eu sou preto, mas represento o que a raça tem de mais sofisticado”, disparou Ed, em tom adversativo. Em seguida, ele aparentemente leu o comentário de uma pessoa que estava na live, e teceu sua opinião sobre o hip hop.

“Qualquer um que ouve hip hop é burro. Qualquer um, qualquer um. Sem exceção”, disse o artista repetidas vezes. “Outro dia, eu vi um trecho de uma entrevista desse bobalhão, Rafinha Bastos: ‘Ah, porque hip hop é o tipo de música que eu mais gosto de ouvir’. O cara é um imbecil. Tá escrito”, disparou Motta.

Para completar, a voz de “Que Bom Voltar” apontou para uma superioridade de consumidores de outros gêneros. “O que alguém inteligente ouve? Jazz, música clássica. Acabou”, pontuou Ed. Assista:

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As declarações repercutiram nas redes sociais, e alguns famosos criticaram Motta em um post do site Mundo Negro. “Papo elitista, de superioridade. Como se o hip hop precisasse de qualquer opinião”, escreveu Chaene Fernando da Gama, baixista do Black Pantera. “Sou burra! Palhaçada dele. Vira e mexe aparece com uma dessas. É inteligente? Acho que não. Só é culto. Tadinho!”, ironizou Astrid Fontenelle. “Ai, que saudade do Emicida e do Rappin’ Hood“, declarou Zélia Duncan.

No X, os internautas também repreenderam os comentários do músico. “Essa fala do Ed Motta é uma das coisas mais preconceituosas que já ouvi de um músico, ainda mais sendo negro como ele é. O Ed Motta não vem de onde a gente vem, logo ele se sente numa posição superior”, declarou um perfil. “Não é novidade que ele não gosta de rap/hip hop, mas a forma que critica vem carregada de elitismo e muito, mas muito, preconceito”, analisou outro.

“Ele cita o jazz e o soul como uma forma de ser um cara negro sofisticado, sendo que o jazz e o soul são os gêneros musicais de origem negra que mais foram embranquecidos com o tempo. O único que restou foi o rap, que não é só um gênero musical e sim um movimento de resistência”, ponderou uma terceira pessoa. “Esse sempre foi um chato que se acha o máximo. Sem paciência pra ele”, detonou mais uma.

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