Nesta quarta-feira (23), a Brigada Militar (BM) encontrou Edson Fernando Crippa, de 45 anos, morto dentro da casa onde atirou contra a própria família. O caso estava em andamento desde a noite de ontem, no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo (RS). A informação foi confirmada pelos policiais ao g1.
Já uma reportagem da agência GBC disse que, neste momento, as autoridades estão fazendo buscas na residência para determinar quantas armas e munições o homem possuía. Por ora, não foi revelado se Edson foi morto pela polícia ou se tirou a própria vida. Ele já foi encontrado pelos agentes deitado no chão.
Ao jornal O Globo, o Comandante-Geral da Brigada Militar, Claudio dos Santos Feoli, abordou a hipótese de que o homem tenha sido atingido durante um tiroteio com a polícia. “Ele já estava morto quando da incursão de agora. Deve ter sido alvejado quando da resposta de tiro nas incursões para retirar os policiais e familiares alvejados”, explicou.
O comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) de Novo Hamburgo, Alexandro Famoso, disse anteriormente que as tentativas de negociação aconteceram “a todo momento”. “Tentamos conversar com ele, tentamos contato telefônico através dos números que a gente conseguiu. Ele não responde a nenhum contato que estamos tentando fazer com ele. A única forma de resposta é através de disparos”, pontuou.
Após o fim da operação, imagens da casa destruída pelos disparos circularam nas redes sociais. Nos registros, é possível ver as paredes, portas e janelas com diversos buracos, além das grades de proteção marcadas. O momento exato do ataque também repercutiu na web. Assista:
VÍDEO | Após o fim do cerco que durou mais de 10 horas, em Novo Hamburgo, onde pelo menos oito pessoas foram feridas e quatro morreram, é possível perceber o imóvel completamente destruído, com diversas marcas dos disparos por arma de fogo.
📹Arquivo pessoal pic.twitter.com/ly4YUEQbOB
— Correio do Povo (@correio_dopovo) October 23, 2024
🚨 As imagens do ataque a tiros que parou Novo Hamburgo nesta quarta-feira
Vídeo mostra a Brigada Militar em operação contra o atirador, que atingiu 12 pessoas. O caso teve início na noite dessa terça-feira (22/10)
Leia: https://t.co/dgesMbfYFE pic.twitter.com/u3ThT85LxL
— Metrópoles (@Metropoles) October 23, 2024
Tiroteio resultou em quatro mortes
Uma quarta morte também foi confirmada na manhã de hoje, a de Everton Crippa, de 49 anos, irmão de Edson. Ele foi atingido por disparos e encaminhado para o Hospital Municipal da cidade. No entanto, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no centro cirúrgico da unidade médica.
Segundo a Brigada Militar, uma guarnição teria sido acionada para averiguar um desentendimento familiar entre pai e filho no local da ocorrência. O atirador chegou a ser denunciado por manter os pais em cárcere privado e por maus-tratos contra idosos. Os agentes foram ao local, mas ao chegarem na residência, Edson teria iniciado os disparos.
A BM acrescentou que dois drones dos militares também foram abatidos pelo homem. Além do pai de Edson, Eugênio Crippa, de 74 anos, estavam no imóvel, a mãe e a cunhada do atirador. Todos foram atingidos, e Eugênio veio a óbito. O policial militar Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, também faleceu. Ele estava há seis anos na corporação, e deixou a esposa e um filho de 45 dias.
9 pessoas ficaram feridas
Ao todo, 9 pessoas ficaram feridas, incluindo seis policiais e um guarda municipal. O g1 divulgou a identidade dos atingidos no ataque, que foram encaminhados para receber atendimento médico no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. São eles:
– Cleris Crippa, de 70 anos, mãe do atirador – estado grave após ser baleada três vezes;
– Priscilla Martins, de 41 anos, cunhada – estado grave após ser baleada uma vez;
– Rodrigo Weber Voltz, de 31 anos, PM – em cirurgia após ser baleado três vezes;
– João Paulo Farias Oliveira, de 26 anos, PM – em cirurgia após ser baleado uma vez;
– Joseane Muller, de 38 anos, PM – estado estável após ser baleada uma vez;
– Eduardo de Brida Geiger, de 32 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão;
– Leonardo Valadão Alves, de 26 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão;
– Felipe Costa Santos Rocha, PM – liberado após ser baleado de raspão;
– Volmir de Souza – aguarda cirurgia após ser baleado uma vez.
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