Harris Dickinson se manifestou sobre as cenas de sexo em “Babygirl” após Nicole Kidman admitir o “esgotamento” de orgasmos no set de filmagens. Em entrevista à revista Variety, publicada nesta quarta-feira (23), o par romântico da estrela no longa falou que os dois tiveram a ajuda de uma coordenadora de intimidade. Contudo, definiram os próprios “parâmetros”.
O ator contou que Lizzie Talbot foi a responsável por ajudá-los. “Nós tínhamos uma conversa com a coordenadora de intimidade e, então, Nicole e eu meio que fizemos as nossas próprias coisas com isso, uma vez que definimos os parâmetros para ambos estarem confortáveis“, esclareceu.
Dickinson deu mais detalhes sobre o que a profissional fazia no set. “A coordenadora de intimidade dizia: ‘Com o que você se sente confortável, o que você quer como diretora, o que você se sente confortável em fazer a partir desse ponto de vista? Eles facilitam isso e fazem isso de forma muito delicada, sem interromper a cena real“, compartilhou.
Segundo a Variety, o artista aparece praticamente nu em uma das cenas, dançando em um quarto de hotel ao som de “Father Figure”, de George Michael. Ele refletiu sobre a diretora do filme, Halina Reijn, não ter lhe oferecido ensaios prévios. “Era só eu me mexendo. Halina colocou a música e disse: ‘Apenas dance’. Então, eu só tive uma pequena tontura. Talvez eu tenha tomado um whisky antes, mas foi constrangedor“, revelou.
O rapaz ainda falou que ficava se “beliscando” todos os dias por atuar ao lado de Kidman. “Sutilmente, eu ficava perguntando a ela coisas como, ‘Como foi trabalhar com Stanley Kubrick?’. Eu estava lá sempre cutucando o fato de que ela é uma figura monolítica no cinema“, expressou.
Para ele, a atriz provou ser tudo, menos uma estrela de Hollywood. “Ela é como a artista mais reconfortante e calorosa para se trabalhar. Ela dá o tom no set e torna tão fácil ser vulnerável e engraçado, porque ela é tão ousada. Ela é tão corajosa e faz as coisas, e você fica tipo, ‘Que porr* é essa?’. Você nem consegue pensar nisso. E ela tem esse senso inato de brincadeira. Quando você tem isso no set, tudo é mais fácil“, elogiou.
Kidman também foi entrevistada pelo revista e admitiu que a parte mais desafiadora no filme foi “a coisa toda”. “Na verdade, fazer justiça e tentar ser aberta, crua e disponível todos os dias, de todas as maneiras para ser explorada. Devido à natureza do filme, ou você seria completamente vulnerável e exposta, ou você seria protegida, e então a coisa não se conectaria. Quando me encontrei com Halina e nós conversamos sobre isso, eu estava tipo, ‘Só nos dê um espaço seguro’, e então, ‘Por favor, não me faça parecer uma idiota“, completou.
No início da semana, a atriz revelou, em entrevista ao The Sun, que precisou interromper as filmagens após um “esgotamento” sobre os orgasmos das cenas de sexo. “Houve uma enorme quantidade de compartilhamento e confiança, e depois frustração. É como, ‘Não me toque’. Houve momentos em que estávamos filmando em que eu estava tipo: ‘Não quero mais ter um orgasmo’“. Não chegue perto de mim. Eu odeio fazer isso. Não me importo se nunca mais for tocada na minha vida! Já superei. Estava tão presente o tempo todo para mim que era quase como um esgotamento, relembrou.
Produzido pela A24, “Babygirl” acompanha a tensão sexual entre os personagens de Kidman e Dickinson. O romance proibido entre a poderosa CEO e seu estagiário acaba se transformando em um jogo, no qual nenhum deles parece querer colocar um ponto final. Antonio Banderas completa o elenco e, consequentemente, o triângulo amoroso. O thriller erótico estreou no Festival de Cinema de Veneza, em que a estrela venceu o prêmio de Melhor Atriz. No Brasil, o novo longa será distribuído pela Diamond Films e chegará aos cinemas em 9 de janeiro. Assista ao trailer:
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