Zé Neto revela como cigarro eletrônico influenciou sua depressão: “Grande culpado”; assista

Antes de retornar aos palcos, o cantor falou sobre a depressão e a síndrome do pânico

Zé Neto e Cristiano retornaram aos palcos, em 26 de novembro, após três meses de pausa. Em entrevista ao “Fantástico“, exibida neste domingo (1), Zé Neto falou sobre a depressão e a síndrome do pânico que provocaram seu afastamento dos shows.

Para o cantor, um de seus maiores arrependimentos foi o uso do cigarro eletrônico. “Se você perguntasse pra mim hoje, ‘Zé, você se arrepende de alguma coisa que você fez na sua vida?’ Eu só me arrependo, até hoje, de ter fumado. O cigarro foi uma das piores coisas que aconteceu comigo“, afirmou.

Zé Neto também falou como o aparelho influenciou na sua depressão. “Eu acho que até ele foi um grande culpado pela minha depressão ter piorado. Ele atacou exatamente na coisa que eu mais amo fazer. Eu não conseguia cantar, respirar, entregar mais, então, comecei a ficar com medo. Eu tinha medo de me apresentar. Tem momentos na depressão que você esquece dela um pouquinho, mas ela não vai embora“, refletiu.

Cristiano explicou que enquanto Zé Neto tomava os remédios para depressão, o cantor também ingeria bebidas alcoólicas. Foi depois de uma apresentação com Ana Castela que Zé se deu conta de que precisava dar uma pausa. Confira:

A dupla também relembrou o início da carreira e o sucesso, cinco anos depois, quando acumulou 34 shows em um mês. “Fiquei doente porque as coisas foram ficando robóticas, né? A gente chega, vai para o camarim, hotel, avião. É uma loucura“, disse Zé Neto. Cristiano observou: “Acho que vinha aquele peso: ‘Eu vou parar essa máquina, esse sonho que a gente construiu? O que meu parceiro vai fazer’?

Cristiano ainda revelou um pedido de Zé Neto após sugerir a pausa. “Fiz uma reunião com ele, com os empresários e falei: ‘Eu vou parar, mas por ele’. Aí, ele (Zé) virou para mim e falou: ‘Minha vida já está difícil. Já estou com um monte de problema. Se você parar a dupla Zé Neto e Cristiano, que é a única coisa que me mantém vivo, você vai parar, vai acabar comigo“, relembrou.

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Na entrevista, Natália Toscano, esposa de Zé Neto, compartilhou um dia em que o marido disse que não aguentaria se apresentar. “Eu não consigo, não vou’“, relatou. O cantor descreveu o que sentiu naquele momento. “Comecei a tremer, meu coração disparou, meu rosto começou a formigar, tive uma síndrome do pânico. Eu dizia: ‘Estou morrendo’. É aquele ciclo vicioso de depressão: ‘Vamos empurrar mais um pouquinho’. Foi aumentando. E o que era uma gotinha virou tempestade“, declarou.

Por fim, o artista disse que deixou de achar que depressão era “frescura”. “Eu sempre fui preconceituoso com isso. Eu falava: ‘Não, depressão não existe. Isso não tem nada a ver“, completou. Em meio à crise de saúde mental, Zé Neto ainda viveu uma sequência de idas e vindas ao hospital, após contrair Covid-19 cinco vezes e sofrer dois acidentes de carro.

Assista à reportagem completa:

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