Prima da ex de Luiz Henrique, do Botafogo, é presa por tentar extorquir craque para não expor vídeos íntimos; prints são revelados

Raissa Cândida da Rocha foi presa em flagrante por tentar extorquir dinheiro do jogador, e ameaçá-lo com conteúdos íntimos

Nesta terça-feira (3), o g1 divulgou a troca de mensagens entre o jogador Luiz Henrique, do Botafogo e da Seleção Brasileira, e uma pessoa que tenta extorqui-lo. A conversa ocorreu no WhatsApp, em que o criminoso chega a passar o PIX para que o atleta faça a transferência. Ele ainda o ameaça, dizendo que se não receber o valor, irá expor imagens e mensagens íntimas.

Segundo o portal, a pessoa por trás das mensagens é Raissa Cândida da Rocha. Ela é prima de Ana Carolina Andrade, ex-mulher de Luiz, e de quem ele se separou recentemente. Raissa foi presa em flagrante, na última sexta (29), em Duque de Caxias, por tentar extorquir dinheiro do jogador. A polícia ainda apura o envolvimento de mais pessoas no crime.

Em uma primeira captura da conversa, a mulher informa para onde o atleta deve fazer a transação e pede a ele, repetidas vezes, o comprovante. “Desistiu? Jogador, não posso esperar mais não. Pessoal tá me cobrando aqui”, escreve ela. “Estou no treino. Já faço aí”, responde Luiz.

Horas depois, Raissa chega a pedir R$ 20 mil e, com a demora, passa a fazer as ameaças. “Ok jogador, já deu o tempo aqui. Estarei publicando. (sic) Irmão, vou perguntar a última vez. Vai chegar comigo ou não?”, insiste. Com a falta de retorno por parte do atacante, a conversa fica ainda mais intimidante.

“Você tá pagando mesmo para ver. Tá gostando de sair na mídia (…) Eu não tenho nada a perder. Quem tem é você. Faz tua história de forma positiva. As coisas que eu tenho aqui de você só vai fazer você virar mais chacota ainda. Dito isso, os 20 mil [reais] na minha conta até amanhã até às 9h ou você terá suas intimidades reveladas”, concluiu.

Veja os prints:

Portal da Globo divulga prints de mensagens de extorsão contra o jogador Luiz Henrique (Foto: Reprodução/g1)

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Investigações

Raissa foi indiciada por extorsão. De acordo com a polícia, ela confessou o crime ao ser detida em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça, na audiência de custódia.

A Delegacia Antissequestro (DAS) iniciou as investigações após uma denúncia feita pela SAF do Botafogo no fim de setembro. O crime começou às vésperas do jogo contra o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro, quando um homem fez as mesmas ameaças e chegou a pedir R$ 40 mil para Luiz Henrique.

As mensagens foram enviadas de um aparelho que, supostamente, pertencia ao antigo empresário do jogador, Johnny Max. Ele chegou a prestar depoimento, negou as acusações e foi liberado. No inquérito, porém, o homem segue investigado.

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Em nota, Johnny alegou ser inocente, e ressaltou já ter prestado esclarecimentos. O texto também citou que o delegado responsável pelo caso descartou qualquer envolvimento do empresário.

Mensagens ameaçadoras

As ameaçadas se repetiram na manhã da última quinta-feira (29), quando Luiz Henrique estava na concentração para o jogo final da Libertadores, em Buenos Aires.

“As tentativas de extorsão aconteciam antes de jogos decisivos, com o jogador concentrado, num momento psicológico importante. Então, havia um claro interesse em desestabilizar o atleta”, observou o delegado Carlos Eduardo Rangel.

Luiz Henrique celebra vitória do Botafogo na Libertadores (Foto: Getty)

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Quando o atacante comunicou as novas tentativas de extorsão à direção da SAF, a Polícia Civil foi acionada novamente. Os agentes da DAS, então, orientaram o Botafogo a tirar o celular de Luiz, para que ele não continuasse respondendo às chantagens. Eles aceleraram a investigação e descobriram o usuário do telefone: um amigo da família de Ana Carolina, ex-mulher do jogador.

Ao prestar depoimento na condição de testemunha, o homem explicou que uma parente havia pedido o número de sua conta, alegando que um dinheiro seria depositado por Luiz Henrique.

As investigações seguem em sigilo absoluto para identificação e prisão dos demais suspeitos envolvidos na organização criminosa.

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