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A marca Happiest Baby se viu envolvida em uma polêmica após ser acusada de exigir a devolução de um berço, avaliado em US$ 1.700 (cerca de R$ 9.700), de uma influenciadora norte-americana que perdeu seu filho pouco antes do nascimento. Brooklyn Larsen, conhecida por compartilhar sua rotina, havia firmado uma parceria com a marca, mas seu bebê, Rocky, faleceu em novembro do ano passado.
A denúncia veio por meio da irmã de Brooklyn, Kenna Bangerter, que expressou sua indignação nas redes sociais ao relatar que a marca teria solicitado a devolução do berço mesmo após saber da perda. Ela alega que a empresa pediu o item de volta após Brooklyn não “entregar o conteúdo” prometido.
“A @happiest_baby — entregou um berço para a minha irmã, para ela marcá-los em seu conteúdo com seu bebê recém-nascido. Depois de um e-mail questionando sobre o conteúdo que ela não pôde entregar — porque seu bebê faleceu —, eles exigiram a devolução do berço. O berço está vazio, ainda ao lado da cama dela“, escreveu Kenna. Ela ainda acrescentou: “Quero que você pense sobre o porquê de ela não ter conseguido entregar o conteúdo. Estou absolutamente enojada com uma marca de BEBÊS que promove apoio a mães e bebês — que não tem a decência de dar a ela o espaço para lamentar o berço que ela nunca conseguiu encher“.

Após a repercussão negativa, perfis da marca nas redes sociais foram inundados por críticas de internautas que ameaçavam boicote. Em resposta, a Happiest Baby divulgou um comunicado em que lamenta a morte de Rocky e afirma que enviou flores à casa de Brooklyn, além de compartilhar suas condolências. A empresa alegou que não exigiu nenhum tipo de conteúdo da influencer: “O conteúdo nunca foi uma consideração e em nenhum momento mencionamos nada sobre conteúdo ou obrigações desde sua perda“.
A empresa ainda explicou que o intuito era ajudar no luto da influencer. De acordo com o comunicado, “algumas famílias enlutadas preferem que certos itens sejam removidos de suas casas” e que o objetivo da retirada do berço seria amenizar um possível gatilho doloroso.
Diante da situação, a Happiest Baby pediu desculpas pelo ocorrido: “Nossa missão inteira é dar suporte às famílias, e nos dói saber que a experiência do Brooklyn conosco não refletiu isso. Pedimos desculpas diretamente a Brooklyn por qualquer dano adicional que possamos ter causado. O bem-estar das famílias é e sempre será nossa maior prioridade“.
Contudo, Kenna Bangerter rebateu o posicionamento da marca em um comentário no TikTok, dizendo: “SEIS e-mails exigindo o berço de volta não são uma oferta…“. A resposta reascendeu a indignação nas redes, com seguidores se solidarizando com Brooklyn e questionando, mais uma vez, a abordagem da marca.

“Como alguém que perdeu um filho, isso é muito errado. Ainda tenho TODAS as coisas da minha filha intocadas. Nem todos os pais enlutados se livram das coisas depois que [os filhos] morrem“, escreveu uma usuária. Outra completou: “Desculpe, 6 E-MAILS? 6??? Tudo porque eles ‘queriam ajudar a remover possíveis gatilhos para ela’, como se soubessem como ela estava se sentindo??“.
A tragédia de Brooklyn Larsen ganhou visibilidade nas redes sociais quando ela compartilhou um depoimento emocionante sobre a perda de Rocky. No texto, ela e o marido narram como descobriram que o coração do bebê havia parado de bater pouco antes do parto. “No final da noite de domingo, com 40 semanas e 2 dias, Brooklyn entrou em trabalho de parto sozinha. Chegamos ao hospital cheios de empolgação, apenas para receber a notícia devastadora de que não conseguiam encontrar seu batimento cardíaco”, revelaram.
Posteriormente, Brooklyn publicou imagens do enterro do filho e desabafou: “Dois meses sem o nosso menino, Rocky. Dois meses de noites sem dormir e mais lágrimas do que alguma vez chorei“.
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