Emicida se pronuncia pela primeira vez sobre imbróglio judicial com Fióti, explica decisão e revela expectativa

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O rapper Emicida se manifestou publicamente nesta sexta-feira (4), por meio de uma nota oficial publicada em suas redes sociais sobre o fim da parceria com o irmão e sócio, Evandro Fióti. No comunicado, ele afirma que o conflito judicial entre os dois é resultado de “uma precipitação de uma das partes” e critica o uso de termos como “roubo” e “desvio” por parte da imprensa.

“Primeiramente, Leandro não está de acordo com a abordagem adotada por alguns veículos de comunicação, que têm se utilizado de termos como ‘roubo’ e ‘desvio’ na tentativa de traduzir o objeto da disputa judicial em curso, fruto de uma precipitação de uma das partes, que resultou em divulgações de informações distorcidas”, diz o texto. A equipe de Emicida reforça que esses termos “nunca foram utilizados por Leandro, seja em seus comunicados, seja nas suas manifestações nos autos do processo”.

Na mesma nota, a equipe do artista esclarece que o encerramento da sociedade com Fióti não foi impulsivo: “A decisão de Leandro de encerrar a parceria com Evandro não foi repentina ou inesperada. Trata-se de uma decisão madura e tomada após diversas tentativas de alcançar uma harmonia entre ambos em relação a inúmeras questões essenciais à gestão do negócio e da carreira do artista Emicida”.

O comunicado finaliza com um apelo por reconciliação. “Feitos esses esclarecimentos, é desejo de Leandro que seja possível alcançar um acordo amigável entre as partes, sendo que a paz volte a reinar entre os irmãos”, concluiu. A equipe também informou que os advogados dos dois já restabeleceram o diálogo.

Leia a íntegra:

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O texto foi publicado uma semana após Emicida anunciar oficialmente o rompimento com o irmão: “Informamos que, a partir desta data, Evandro Roque de Oliveira (Fióti) não representa mais os interesses da carreira artística de Leandro Roque de Oliveira (Emicida)”. A postagem, feita no Instagram, não permitia comentários.

A crise entre os irmãos veio à tona após uma disputa judicial envolvendo a empresa que fundaram juntos, a Laboratório Fantasma. Segundo a defesa de Emicida, Fióti teria transferido R$ 6 milhões da conta da empresa para contas pessoais, sem autorização. Fióti nega qualquer irregularidade e afirma que todas as movimentações foram registradas, autorizadas e compatíveis com os acordos feitos entre os dois.

Fióti se manifesta

Em nota divulgada após a repercussão do caso, Fióti lamentou o conflito e afirmou: “Quem caminha comigo há mais de 18 anos à frente de projetos e equipes sabe da minha ética, transparência e honestidade — valores que trago de casa e que jamais trairei. É muito triste ver exposta a situação contratual e jurídica do grupo empresarial que fundei ao lado do meu irmão há 16 anos, assim como as complexas implicações familiares envolvidas”.

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Ele se defendeu dizendo que todas as transferências foram autorizadas em uma reunião entre sócios e gestores, devidamente registrada em vídeo. Ele afirma que os repasses foram feitos com transparência e que Emicida também recebeu valores dentro desse contexto. “Todas as movimentações feitas durante sua gestão foram transparentes, registradas e seguindo os procedimentos financeiros adotados pelos gestores, assim como as retiradas de lucros ao sócio e artista Emicida”, declarou. O empresário ainda afirmou que o próprio processo judicial “contém documentos que comprovam que Emicida recebeu valores superiores”.

A Laboratório Fantasma foi criada em 2009 como um projeto de afroempreendedorismo na Zona Norte de São Paulo. Ao longo de mais de uma década, a empresa se consolidou como referência em gestão artística, moda e produção cultural voltada à valorização da negritude e das periferias.

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