Blake Lively prestará depoimento no processo contra Justin Baldoni no escritório de seu advogado, informou o Page Six, nesta segunda-feira (14). No entanto, a defesa do ator e diretor de “É Assim Que Acaba” argumentou que a atriz estava usando seu “status de celebridade para conseguir o que queria”.
Em uma nova vitória na Justiça dos Estados Unidos, Blake recebeu uma “ordem de proteção” para seu depoimento, que vai ocorrer na quinta-feira (17). Seus advogados expressaram preocupação sobre o testemunho ocorrer no local determinado pelos representantes de Baldoni, dizendo que eles estavam tentando transformá-lo em um “espetáculo midiático“.
A equipe de Justin queria realizar o depoimento nos escritórios da Meister Seelig & Fein, na Park Avenue, em Nova York, já que trabalham em seu caso. Porém, em uma moção na semana passada, a equipe da atriz se opôs, alegando que “os advogados de Baldoni estavam armando uma cilada para a mídia, na qual Lively seria cercada por paparazzi em sua entrada e saída”.
Eles também temiam que a equipe do ator convidaria influenciadores para participar do depoimento, que deveria ser um processo confidencial. Foi então que o time de Blake entrou com a moção, exigindo, ainda, que Baldoni entregasse uma lista de todos que estarão presentes na audiência.

Em novos detalhes da decisão, divulgados pela People, o juiz Lewis J. Liman acatou as solicitações. Liman também ordenou que Lively providencie um computador próprio para que a equipe jurídica de Justin possa imprimir e copiar documentos em um espaço escolhido pela própria atriz. A medida deve impedir que o depoimento dela seja divulgado pela imprensa.
O ocorrido, por sua vez, não foi visto com bons olhos pela defesa de Baldoni. “Lively é uma autora que lançou alegações graves de má conduta contra as Partes Wayfarer. Como todos os réus, as Partes Wayfarer têm o direito de interrogar Lively para desenvolver provas cruciais para sua defesa. Elas também têm o direito de escolher o local do depoimento, o que fizeram”, rebateram os advogados em uma carta ao juiz.
Em maio deste ano, Bryan Freedman, principal advogado de Justin Baldoni, já havia antecipado como gostaria de seguir com o caso. “Já que a Sra. Lively está aberta a depor, vamos fazer valer a pena. Realizem o depoimento no Madison Square Garden, vendam ingressos ou façam uma transmissão. Doem cada dólar para organizações que ajudam vítimas de violência doméstica”, declarou à People.
A parte de Blake Lively argumentou que tais comentários demonstravam que não se podia confiar em Freedman para manter o profissionalismo. “Este é um caso sobre o que aconteceu com Blake Lively quando ela alegou assédio sexual no set. Não é um caso sobre como as músicas foram escolhidas para o filme. Não é um caso sobre personagens fictícios da Marvel nos filmes do ‘Deadpool'”, afirmou Mike Gottlieb.

Em dezembro de 2024, Blake entrou com uma ação judicial contra Justin e sua empresa, a Wayfarer Studios, por acusações de assédio sexual durante as gravações de “É Assim Que Acaba”. Além disso, a atriz processou o parceiro de cena por suposta retaliação, quebra de contrato, invasão de privacidade e por criar um “ambiente de trabalho hostil”.
O julgamento do caso está marcado para acontecer em março de 2026, em Nova York.
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