Raul Gazolla revela mudança de Glória Perez após morte de Guilherme de Pádua, e dá relato franco de como reagiu

Ator também refletiu sobre as fake news em torno da morte de Daniella Perez

Raul Gazolla e Guilherme de Pádua

Raul Gazolla admitiu ter celebrado a morte de Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato da atriz e ex-esposa de Raul, Daniella Perez. Em entrevista a Valmir Moratelli, da revista Veja, o ator afirmou ter se sentido aliviado com a morte de Pádua, em novembro de 2022, provocada por um infarto.

Eu agradeci ao universo e disse: ‘poxa, o mundo respira melhor hoje’. Partiu alguém que nem deveria ter nascido“, declarou o artista, destacando a dor sentida pelos pais de Daniella, Luiz e Glória Perez. “Só agora, depois de 32 anos, que vi a Glória sorrir. Veja a dor que a gente carrega. O pai da Dani não conseguiu carregar essa dor, sucumbiu e morreu de tristeza“, contou.

O crime aconteceu em dezembro de 1992. Daniella contracenava com Pádua na novela “De Corpo e Alma”, escrita por Glória. De acordo com as autoridades, ela foi assassinada pelo ator e sua então esposa, Paula Thomaz. Ele foi condenado a 19 anos de prisão, entretanto, deixou o presídio sete anos depois, em 1999, sob condicional. Paula também cumpriu parte de pena e segue reclusa dos holofotes.

Na época, Raul e Daniella eram casados. Eles se conheceram em 1989 e, dois anos depois, se casaram. O ator também aproveitou a entrevista para comentar as fake news que circularam em torno do crime.

Raul Gazolla Daniella Perez
Raul estava casado há 3 anos com Daniella na época do crime. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

Gazolla negou qualquer envolvimento entre a vítima e o autor do crime. “Eu escutei algumas vezes, durante esses anos todos, que a Daniella tinha um caso com o assassino, quando ela nunca teve. Eles não conseguiram provar isso“, ressaltou.

A gente não tinha redes sociais, eram os jornais, as revistas e a imprensa televisiva. Então, cada um dizia uma coisa. Aquilo virava manchete e no dia seguinte era desmentido. Os próprios assassinos deram ‘n’ versões do crime. Até porque ele tinha um ego muito grande, era vaidoso e como sabia que qualquer coisa repercutia na imprensa, ele queria aparecer“, relembrou.

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O ator é responsável pela narração da série recém-lançada “Caso Henry: A Marca da Maldade”, do canal Veja+, que aborda o caso do menino de quatro anos morto, no Rio de Janeiro. Ele defendeu a prisão perpétua e a pena de morte para crimes hediondos.

Acredito que esses assassinos, psicopatas, pessoas doentes não podem conviver na sociedade, têm que ter prisão perpétua. Mas aqui a gente não tem nem pena de morte. Não sei se houvesse pena de morte os crimes seriam menos, não acredito nisso. Mas acredito que se elimina um perigo da sociedade quando se condena um assassino confesso, com nível de psicopatia“, opinou.

Não sou monge, não tenho a espiritualidade tão evoluída a ponto de perdoar os assassinos. Quem perdoa é Deus, não sou Deus. No meu ponto de vista, essas pessoas não podem estar livres na sociedade, frequentando o mesmo cinema que você, o mesmo restaurante que você. Porque a população não conhece a cara desses assassinos“, concluiu.

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