Sean “Diddy” Combs reagiu à série documental “Sean Combs: O Acerto de Contas”, produzida por Curtis Jackson, o 50 Cent, e que estreou nesta terça-feira (2). À Variety, um representante dele criticou a produção e afirmou que o conteúdo busca “difamar” o rapper.
“O suposto ‘documentário’ da Netflix é uma vergonhosa tentativa de difamação”, disse o porta-voz, em comunicado. “O teaser confirma que a Netflix utilizou imagens roubadas que nunca foram autorizadas para divulgação. Como a Netflix e o CEO Ted Sarandos [chefe de conteúdo da Netflix] sabem, o Sr. Combs vem acumulando imagens desde os 19 anos para contar sua própria história, à sua maneira. É injusto e ilegal que a plataforma se aproprie desse material”, acrescentou.
Para ele, a gigante do streaming está “claramente desesperada para sensacionalizar cada minuto da vida do Sr. Combs, sem levar em conta a verdade, a fim de capitalizar em cima de um frenesi midiático interminável”.
“Se a Netflix se importasse com a verdade ou com os direitos legais do Sr. Combs, não estaria extraindo imagens privadas fora de contexto – incluindo conversas com seus advogados que nunca foram destinadas à exibição pública. Nenhum direito sobre esse material foi transferido para a Netflix ou qualquer terceiro”, enfatizou o representante.
Por fim, o comunicado repudiou a escolha de 50 Cent como responsável criativo do projeto. “É igualmente chocante que a Netflix tenha entregado o controle criativo a um adversário de longa data, que há anos difama publicamente o senhor Combs. Além das questões legais, trata-se de uma traição pessoal”, acusou.
“O senhor Combs sempre respeitou Ted Sarandos e admirou o legado de Clarence Avant. Ver sua história contada por alguém que o ataca há décadas é um golpe desnecessário e profundamente pessoal. No mínimo, ele esperava justiça de pessoas que respeitava”, concluiu o porta-voz.
Também em nota à Variety, a diretora da série documental, Alexandria Stapleton, afirmou que as imagens “chegaram até nós” e que eles “as obtiveram legalmente e possuem os direitos necessários”.
“Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para manter a identidade do cineasta em sigilo. Uma coisa sobre Sean Combs é que ele está sempre se filmando, e isso tem sido uma obsessão ao longo das décadas. Também entramos em contato com a equipe jurídica de Sean Combs para uma entrevista e um comentário diversas vezes, mas não obtivemos resposta”, explicou Alexandria.
A série documental “Sean Combs: O Acerto de Contas” aborda as acusações, controvérsias e disputas que cercam a vida e a carreira do magnata no rap, que virou um dos nomes mais influentes da música e do entretenimento dos Estados Unidos. A produção ainda traz depoimentos inéditos, imagens de bastidores e uma investigação que revisita décadas de poder, fama e denúncias.
Além disso, reconstrói a ascensão de Diddy e expõe os negócios obscuros por trás de seu império. Em julho, o artista foi considerado culpado de duas acusações de transporte para fins de prostituição, mas declarado inocente das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão.
Enquanto a promotoria afirmava que a condenação recomendada pelo governo seria de 135 meses (pouco mais de 11 anos), a defesa de Combs defendia que o rapper deveria cumprir, no máximo, 14 meses de prisão. A sentença, anunciada pelo juiz Arun Subramanian, condenou o cantor a 50 meses de prisão, ou seja, 4 anos, 1 mês e 28 dias. Ele também precisará pagar uma multa de US$ 500.000 (R$ 2,6 milhões). O magistrado não impôs restituição.
Assista ao teaser:
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