Entrevista: Pabllo Vittar conta tudo sobre novo álbum, feat com Charli XCX e esclarece atual relação com Anitta: “Eu nunca disse que odiava ela!”

Ela veio de mansinho, lançando um hino atrás do outro, todo dia. Agora, precisa viver ciente de que seu crime foi nos fazer amá-la cada vez mais! Pabllo Vittar não para mesmo, bebês, e está cada dia mais internacional, atendendo aos tantos pedidos para que ela fosse longe demais. E que bom! Na quinta-feira (25), a cantora lança o primeiro single de sua nova era com ninguém menos do que a britânica Charli XCX. Em um bate-papo exclusivo com a equipe do hugogloss.com, a drag abriu o coração sobre novos projetos profissionais, os planos de conquistar o mundo, a vida amorosa e até sobre o afastamento da ex-amiga, Anitta.

Embora o meme “sem tempo, irmão” seja o mais adequado para definir Pabllo Vittar nos últimos tempos, a drag queen mais seguida do mundo abriu uma brecha na agenda e matou um pouco da curiosidade sobre “Flash Pose”, seu próximo lançamento em parceria com a cantora Charli XCX. “A música me remete muito às baladas e à cultura LGBTQ+, sempre que escuto me dá vontade de ir para uma parada do orgulho e viver meu lado queer. A Charli trouxe uma vibe muito legal para a música, porque tem o lance do PC music e do eletrônico“, revelou. Ela também acrescentou que a faixa terá um clipe maravilhoso, gravado em Los Angeles.

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E esse é só o começo… Pabllo Vittar está pronta para lançar “111”, seu aguardado novo álbum dividido em duas partes. O disco promete surpreender os fãs, trazendo um lado seu que ainda não vimos nos dois primeiros trabalhos lançados, mais maduro. “É algo bem mais pessoal mesmo. Eu tô colocando todas as músicas que eu gosto e que os ritmos são aqueles que o Pabllo, não a Vittar, mais ouve em casa e gosta pra caramba. São essas outras áreas trabalhando o PC music e o eletrônico, mas sem esquecer as batidas brasileiras, porque é quem eu sou e faz parte de mim“, contou.

Depois de emplacar uma lista de hits nas principais paradas musicais das plataformas digitais e rádios brasileiras, Pabllo Vittar começou a dar grandes passos no exterior. A drag foi uma das principais artistas nos lineups das paradas do orgulho LGBTQ+ dos Estados Unidos, e seu nome sempre figura em rumores de feats baphônicos. Porém, a carreira internacional ainda está dando seus primeiros passos. “Eu tô trabalhando sim em uma estratégia para levar o nosso trabalho para fora, mas a gente tá indo bem devagar, sabe?! Um passo de cada vez, porque meu foco mesmo é a música brasileira“, analisou.

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Enquanto não vê seu nome figurando entre as grandes estrelas internacionais, Pabllo Vittar é só elogios para a ex-amiga Anitta, que a cada dia ganha mais relevância no mercado estrangeiro. Embora as duas tenham se afastado, a artista não escondeu que é uma das grandes admiradoras do seu trabalho e que não entende por que as pessoas acham que elas precisam viver uma rivalidade. “Tá tudo OK entre a gente, sabe?! Eu realmente não sei por que a galera ficou surpresa que eu tenha falado que amo ela, porque foi de coração e eu nunca falei que odeio a Anitta. Torço muito por ela e eu acho que a gente faz um papel importante de levar a música brasileira e o pop nacional para outros lugares“, pontuou.

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Confira na íntegra, a entrevista com Pabllo Vittar!

Hugo Gloss – Você já gravou uma música com a Charli XCX antes, “I Got It”, já tem um outro feat pronto com a britânica para o disco que ela lança em setembro e agora você gravou “Flash Pose” para seu próprio álbum. Como essa amizade do pop aconteceu? E o porquê de três faixas com a rainha da PC Music?

Pabllo Vittar – Então, menina, eu sempre fui fã dela e da PC Music. A gente já tinha gravado “I Got It” com outros artistas, mas eu queria muito fazer uma música dela comigo, sabe?! Que não fosse em um álbum dela, mas no meu, de forma que trouxesse ela mais pra perto dos fãs que ela tem no Brasil. Eu chamei ela por meio de um convite e mandei a demo da música, ela ficou apaixonada e topou fazer comigo.

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HG – Agora conta pra gente, como foi os bastidores desse bapho, a gravação do clipe, da música e de sua amizade com ela!

PV – A gravação do clipe foi em Los Angeles e foi muito divertida. A Charli é muito louca e eu amei trabalhar com ela. A música me remete muito às baladas e à cultura LGBTQ+, sempre que escuto me dá vontade de ir para uma parada do orgulho e viver meu lado queer. A Charli trouxe uma vibe muito legal para a música, porque tem o lance do PC music, do eletrônico e eu realmente espero que vocês gostem, eu já tô apaixonada desde a primeira vez que ouvi o resultado. É o início de uma nova era e eu tô muito orgulhosa disso tudo!

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HG – Essa canção integrará seu novo álbum, o “111”, que, pelo título – que remete à sua data de nascimento (11 de novembro) – deve se mostrar um projeto mais pessoal. O que tem de Pabllo nisso? O que o diferencia dos hinários “Não Para Não” e “Vai Passar Mal”?

PV – Nesse trabalho eu tô compondo mais, assim como no “Vai passar mal”, que eu tinha a maioria das composições. Como você falou, é algo bem mais pessoal mesmo. Eu tô colocando todas as músicas que eu gosto e que os ritmos são aqueles que o Pabllo, não a Vittar, mais ouve em casa e gosta pra caramba. São essas outras áreas trabalhando o PC music e o eletrônico, mas sem esquecer as batidas brasileiras, porque é quem eu sou e faz parte de mim. Então pode ser considerado um álbum bem pessoal, mesmo.

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HG – Ainda tem muito mistério sobre esta nova era. Será um EP dividido em duas partes, né?! O que você pode nos contar, pelo amor de Beyoncé?! Conta algo inédito que todo mundo tá muito curioso! Quantas faixas? Quando lança?

PV – Além da Charli, tem muitas outras parcerias. Vai ter uma música com o Psirico, sim, como vocês já sabem. Meu pai já me olhou aqui dizendo ‘Não fale mais nada’. (Risos) O álbum vai ser dividido em duas partes para que fique mais fresco e para que as pessoas possam consumir de forma mais completa. Eu quero lançar singles para depois lançar a versão completa, acho que assim a galera consegue curtir ao máximo e sempre como uma novidade.

HG – Mulher, a senhora tá metida em vários rumores de feats internacionais… O que a gente pode esperar? O hino de Pabllo Vittar e Iggy Azalea, vem ou não vem?! Conta tudo!

PV – (Risos) Olha, a Iggy especialmente é uma pessoa maravilhosa! A gente conversa muito, maaas, eu não posso falar muita coisa. Mas eu achei muito fofo um vídeo que ela fez ontem com o lançamento da turnê “In my defense”, que ela fala que quer muito fazer uma música comigo. Mas, me aguardem, é o que eu posso dizer!

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HG – A gente pode falar então que você deu um start oficial para construir uma carreira internacional? Você já traçou planos ou metas ligados à isso?

PV – Menino, a gente tá trabalhando sim uma estratégia para levar o nosso trabalho para fora, mas a gente tá indo bem devagar, sabe?! Um passo de cada vez, porque meu foco mesmo é a música brasileira, não quero deixar minhas raízes para trás. Depois de fazer as turnês das paradas LGBTQ+ lá fora, eu percebi que não somente no Brasil, mas a comunidade como um todo precisa de mais visibilidade, de músicas que representem ela, e precisa de pessoas que levantem mesmo essa bandeira. Eu conheci várias outras pessoas que, junto comigo, pensam e fazem esse trabalho [pensando nessas questões].

HG – E como foi participar das paradas LGBTQ+ lá fora? Vendo daqui tava tudo incrível, mas a gente quer saber como foi a energia in loco, e a interação com o público gringo…

PV – Foi muito legal! A cada lugar que a gente chegava era uma emoção e sensação diferentes. Sempre tinha uma comunidade brasileira em peso nos shows, mas muitos nativos das cidades nas quais eu me apresentei também iam e cantavam as músicas com os sotaques deles e era muito gostoso de ver o quão longe seu trabalho alcança. Eu fiquei muito feliz mesmo!

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HG – Você já fez algumas parcerias com a Vogue norte-americana… Um vídeo de tutorial de make e um mostrando os bastidores do show da parada. Como foi pra você esse convite da maior revista de moda do mundo? E tem alguma fofoca dos bastidores pra nos contar? A gente já quer te ver no MET Gala no ano que vem!

PV – Eu brinquei no vídeo, mas poxa, se me chamassem eu ia amar, viu?! Eu tô vivendo minha era mais fashionista, quero usar muitos looks baphos! Mas a Vogue é uma parceira minha já, fazem parte da minha família, tenho grandes amigos lá dentro e eles sempre chegam com convites incríveis para mim. Eu fiquei muito feliz de ser uma das poucas artistas da América Latina que fizeram o vídeo das “24 horas com a Vogue”… Cara, a Kim Kardashian já fez! E eles são muito fofos, me deixaram super à vontade pra fazer um rolê que eu queria. Foi maravilhoso, se vocês ainda não viram, vejam, meninas! (Risos)

HG – Logo mais estreia o reality “Autênticas” no canal GNT, que acompanhou toda sua rotina profissional e pessoal por um bom tempo. O que poderemos ver de inédito de Pabllo Vittar? E como foi a experiência?

PV – Eu tô até com medo, viu?! (Risos) A gente ainda tá gravando na verdade, quando eu voltar para o Brasil temos algumas datas ainda pra finalizar o projeto. Mas tá muito divertido! Eu não sei como está para as outras meninas (Lellê, Lexa e Luisa Sonza), mas a minha parte tem uma pegada bem pessoal. Eu quis mostrar mesmo tudo que eu podia e trazer os “Vittarlovers” pra perto de mim, o que eu não posto nos Stories, o que não tem na internet, o que a mídia não mostra, tudo tá lá. Eu me senti muito honrada pelo convite do GNT de poder mostrar isso para os fãs e eu espero que a galera que ainda não me conhece ou não curte muito meu trabalho possa ver quem realmente eu sou, sabe?! Como o nome já diz, quero mostrar toda minha autenticidade.

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HG – Durante o show em Nova Iorque, você gritou “Anitta, I love you” (Anitta, eu te amo). Na mesma época, a internet só falava sobre uma reconciliação e um possível feat, mas logo a carioca revelou em uma entrevista que não rolaria e que vocês não eram mais amigas. Eu queria saber se houve uma conversa para tentar voltar às boas e sobre como é o status da relação de vocês hoje em dia.

PV – Tá tudo OK entre a gente, sabe?! Eu tô vivendo uma fase muito legal da minha vida e ela também tá fazendo várias parcerias, levando a carreira dela para outros patamares. Eu realmente não sei por que a galera ficou surpresa que eu tenha falado aquilo, porque foi de coração e eu nunca falei que odeio a Anitta. Então eu não entendi essa reação das pessoas. Eu torço muito por ela e eu acho que a gente faz um papel importante de levar a música brasileira e o pop nacional para outros lugares. Eu acho isso lindo! Espero que ela continue fazendo isso por muito tempo, não somos amigas, mas eu sou fã dela, poxa!

HG – Recentemente, as pessoas têm especulado muito sobre sua vida amorosa especificamente. Até stalkear um possível affair e depois te acusar de hipócrita por ter ficado com um suposto eleitor do presidente Jair Messias Bolsonaro acabou acontecendo. Isso te incomodou ou chateou de alguma forma?

PV – Eu não me chateio porque né, a gente tá aí nessa vida pública pra se expor mesmo, mas é difícil eu me relacionar com as pessoas. Eu tô solteira há quatro anos, e eu digo que meu relacionamento sério é com meu trabalho, meus fãs e com a vida que eu quis pra mim desde pequena, de cantar e levar minha música para outros lugares. Mas, tipo, as pessoas também precisam lembrar que, além de artista e drag, eu sou humana. Às vezes eu quero beijar na boca ou ter um contato a mais com alguém e isso é normal. Mas, sinceramente, eu nem sei o que falar sobre isso, fico só observando.