Que notícia triste! Faleceu, na manhã desta sexta-feira (9), o príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II. Aposentado da vida pública desde 2017, o consorte completaria 100 anos em junho. O anúncio foi feito pela própria família real, nas redes, mas a causa da morte ainda não foi revelada.
“É com profunda tristeza que Sua Majestade, a rainha, anuncia a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o príncipe Philip, duque de Edimburgo. Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor. A família real junta-se a pessoas de todo o mundo no luto por sua perda. Mais anúncios serão feitos oportunamente”, informou o comunicado.
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Em 16 de fevereiro, Philip passou mal e foi internado como “medida de precaução” no hospital King Edward VII, em Londres. Dias mais tarde, a coroa anunciou que o monarca estava tratando de uma infecção. No dia 5 de março, ele foi transferido para o hospital St Bartholomew, onde passou por uma cirurgia no coração. O duque teve alta no dia 16 de março, após cerca de um mês internado. Assim como a rainha, o príncipe chegou a receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19, também em fevereiro.
Embora nascido em Corfu, na Grécia, em 10 de junho de 1921, Philip tinha ascendência dinamarquesa, britânica e alemã, sendo tataraneto da rainha Vitória, assim como Elizabeth II. Único filho homem de André da Grécia e Dinamarca e da princesa Alice de Battenberg, ele foi criado desde bebê na Grã-Bretanha, após a família ser expulsa das terras gregas.
O duque de Edimburgo e Elizabeth II se conheceram em 1939, quando Philip da Grécia tinha 18 anos e a então princesa, 13. Apelidada de “Lilibet”, a monarca revelou, na época, que sentiu amor à primeira vista pelo loiro alto de olhos azuis. Com a morte prematura do rei George VI, Elizabeth subiu ao trono aos 25 anos. Ali, Philip tornou-se príncipe consorte, à sombra da esposa – sendo até obrigado a mudar o sobrenome, Mountbatten, porque, segundo Winston Churchill, soava muito alemão, numa época de guerra. Ambos se casaram no dia 20 de novembro de 1947 e, ao longo dos anos, tiveram quatro filhos: príncipe Charles, princesa Anne, príncipe Andrew e príncipe Edward.
O veterano da guerra esteve ao lado do reinado de sua mulher durante 69 anos, o mais longo da história do Reino Unido, dos quais 65 anos foram dedicados aos compromissos oficiais e aparições públicas junto de Elizabeth. Philip era percebido como um homem sério, mas propenso a cometer gafes. “Sou o inaugurador de placas mais experiente do mundo”, chegou a brincar o príncipe sobre suas participações em eventos reais.
A solidez da “associação” que formou o casal, contribuiu, em boa parte, para a estabilidade da monarquia britânica nas últimas seis décadas. “O príncipe Philip é o único homem em todo o mundo que trata a rainha como um simples ser humano”, contou, certa vez, o ex-secretário privado de Elizabeth II, Lord Charteris. “É o único que se pode permitir. E isso agrada a ela”, acrescentou.
Os últimos meses de vida de Philip
Príncipe Philip faleceu em casa, no Castelo de Windsor, ao lado da Rainha, tendo passado o estágio final de sua vida na residência real favorita do monarca. Durante os muitos meses de pandemia, o casal – que se acostumou a viver a quilômetros de distância desde a aposentadoria do duque – se reaproximou e passou uma quantidade incomum de tempo junto.
À Vanity Fair, fontes próximas aos monarcas disseram que o período de isolamento social foi uma época feliz para Philip e Elizabeth, que gostavam de fazer passeios diários pelos jardins privados da propriedade onde viviam e jantavam juntos todas as noites. Ambos celebraram o Natal e ano novo sozinhos em Windsor, prezando pela saúde dos mesmos, até que em fevereiro, o consorte foi internado.
Havia preocupações de que Philip não sobreviveria após seu filho, o príncipe Charles, ser visto aos prantos fazendo uma visita ao pai, no hospital King Edward VII. No entanto, o “Duque de Ferro” resistiu e teve alta em 16 de março, quando foi levado de volta a Windsor em um carro particular. Incapaz de andar, ele foi transferido de uma cadeira de rodas para o automóvel atrás de uma barreira gigante que o protegeu dos cliques da imprensa.
De volta ao castelo, sua recuperação foi lenta. Segundo informações de assessores à publicação, Philip estava fraco e exausto. “Ele estava cansado da vida no final, acho que um pouco dele desistiu. Ele não queria morrer no hospital, ele odeia hospitais, então todos ficaram muito aliviados quando ele pôde ir para casa”, declarou a fonte.