Oitavo eliminado do “BBB 22“, Vinícius participou do “Mais Você” dessa manhã (16) e, durante um bate-papo sincero com Ana Maria Braga, lembrou do dia em que contou aos familiares sobre sua homossexualidade. O cearense compartilhou a orientação sexual pouco antes de entrar no reality e explicou o motivo de não ter se aberto mais cedo.
“Acho que isso diz respeito a seu próprio tempo. Tem gente que prefere contar quando é mais novinho, na adolescência, tem gente que prefere contar quando mais velho, tem gente que prefere nunca contar… e não tem como a gente julgar isso, porque quando se trata de sentimento, não tem como a gente dizer o que é certo ou errado”, começou, emendando com sua própria história.
“Por isso que eu digo que não demorei a contar. Pra se assumir, a pessoa tem que ter escondido, e eu nunca fiz questão de esconder quem eu sou, isso é parte de mim. Em relação a tornar isso aberto para minha família, acredito que aquele foi o momento que mais me senti preparado, porque eu não queria entrar na casa (do BBB), e sentir que estava faltando com a verdade com o pessoal da minha própria casa, entende?”, declarou.
Vyni disse que sentia receio em se abrir, mas ressaltou que foi acolhido da melhor maneira pelos familiares. “Fiquei pensando: ‘Se eu quero ser verdadeiro com as pessoas e com o Brasil, eu tenho que começar a ser verdadeiro comigo e com o pessoal da minha casa’. De certa forma, eu ainda tinha um certo medo do que poderiam pensar, mas graças a Deus não teve problema nenhum, até porque isso não é motivo de problema. Fui muito bem acolhido pela minha família, me deram sempre muito, muito amor, independente de qualquer coisa”, frisou.
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Na sequência, o ex-brother aproveitou para mandar um recado para todos aqueles que, diferente dele, não tiveram a sorte de serem aceitos pela própria família: “Eu nem lhe conheço, não sei seu nome, não sei o que você passa, mas de alguma forma amo você, me conecto com você, sinto aquilo que você sente. Sinto todos os dias o preconceito na pele, por causa da minha cor, por causa do lugar de onde venho, por causa da minha orientação, da minha classe social… Já sofri todo tipo de preconceito, mas nunca me permiti ficar nesse lugar de lamentar. Pego tudo aquilo que me causa dor e transformo em alegria. E acho que consegui demonstrar isso lá dentro do ‘Big Brother'”.
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Por fim, o bacharel em direito falou sobre sua relação com Eliezer, negando que houvesse sentimentos românticos pelo colega de confinamento. “Acredito que a forma que a nossa amizade foi caminhando acabou atrapalhando meu jogo. Eu sou uma pessoa que me entrego pra tudo, se falo que sou seu amigo, não solto sua mão. Meu erro é ser intenso demais, devo ter exagerado na dose e acabei priorizando mais ele do que meu próprio jogo”, refletiu.
“Talvez minha intensidade tenha gerado toda essa interpretação de que poderia ser algo mais que amizade e não é. As pessoas podem ser amigas. Do mesmo jeito que homens e mulheres podem ser amigos, gays e héteros podem ser amigos. Amizade é amizade. São só formas de demonstrar carinho e são coisas que, em tese, deveriam ser normalizadas”, concluiu.