A Polícia Civil do Estado do Ceará e a perícia concluíram nesta quarta-feira (22), o laudo das mortes de Yanny Brena, vereadora de Juazeiro do Norte, e do namorado Rickson Pinto Lucena. Os documentos comprovaram a tese de que foi um caso de feminicídio, seguido por suicídio. Mais detalhes dos laudos periciais e da investigação serão divulgados ainda hoje (23), de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará.
No começo do mês, documentos liberados pela SSPDS do Ceará constataram que os dois morreram por asfixia. Os corpos de Yanny e Rickson foram encontrados na casa em que moravam, no dia 3 de março, por uma funcionária que trabalhava na propriedade. Segundo o laudo divulgado na ocasião, Brena sofreu ferimentos no pescoço, no abdômen e também teve unhas quebradas, o que indicou luta corporal.
O documento mostrou ainda que não tinha sinais de invasão na casa, nem de ferimentos de arma de fogo nos corpos (Rickson possuía antecedentes por posse ilegal de arma de fogo). Um cabo do aparelho de televisão foi utilizado no crime. A principal suspeita da polícia era a de que a vereadora teria sido esganada. Em seguida, Rickson teria enrolado o cabo no pescoço de Brena para simular que ela teria cometido suicídio. Por fim, ele se enforcou.
Conforme a TV Verdes Mares – afiliada da TV Globo em Fortaleza -, uma das amigas de Yanny afirmou à polícia que a vereadora havia expressado não querer continuar pagando as despesas do namorado. Ainda de acordo com a emissora, Brena tentava terminar o relacionamento desde o final de fevereiro, mas Rickson não aceitava.
O casal estava junto desde 2020 e morava na casa da vereadora, no bairro Lagoa Seca, em Juazeiro, onde os corpos foram encontrados. Os velórios e sepultamentos aconteceram no dia 4 de março. Yanny foi enterrada no Cariri e Rickson na cidade de Aurora. A vereadora foi a mulher mais jovem a presidir a Câmara Municipal em Juazeiro do Norte.
Denuncie a violência doméstica
Para denunciar um caso de violência doméstica, basta ligar para a Central de Atendimento à Mulher, no telefone 180, válido em todo o território nacional e no exterior, 24 por dias. Também é possível denunciar episódios de agressão por meio do aplicativo Direitos Humanos Brasil, bem como na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
A vítima de violência doméstica também pode ser atendida pelo Telegram. Para acessar, baixe o aplicativo e busque pelo canal “DireitosHumanosBrasil”. Em seguida, mande uma mensagem para receber atendimento.
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