O casal Danilo Prímola e Catarina Prímola, de Belo Horizonte, Minas Gerais, conseguiu registrar o primogênito como Pieê, após proibição do cartório e da Justiça, segundo o g1 nesta quinta-feira (12). A juíza Maria Luíza Rangel havia proibido a escolha, alegando que a criança poderia sofrer bullying pela semelhança do nome com “plié”, passo de ballet.
No Segundo Subdistrito de Registro Civil das Pessoas Naturais de Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira (12). o casal conseguiu reverter a decisão, e batizar o bebê em homenagem ao primeiro faraó negro do Egito. Nos documentos à Justiça, a dupla havia relacionado a escolha do nome com fatores históricos e culturais.
O pai de Piiê detalhou a escolha do nome. “Resgatar nomes africanos é uma forma poderosa de dar uma nova narrativa para a história do povo preto. A gente tem o direito de educar o nosso filho com essa força, essa cultura e de uma forma que ele tenha uma representatividade no nome“, afirmou Danilo.
Apesar de ainda ponderar que a criança poderá passar por constrangimentos, a juíza autorizou o registro. Catarina se mostrou aliviada com a decisão da Justiça. “Agora tudo vai se ajeitar. É um alívio muito grande“, confessou a mãe do bebê.
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