Brasileira com “pior dor do mundo” revela que antigo vizinho tentou estuprá-la e detalha ataque

Após revelar abuso de um familiar em casa, Carolina Arruda contou a ação de seu vizinho há 4 anos

Carolina Arruda voltou a falar sobre os abusos, ameaças e agressões que viveu antes de receber o seu diagnóstico de neuralgia do trigêmeo, considerada pela medicina como a doença com a “pior dor do mundo”. Após dizer que foi abusada sexualmente dentro de casa quando ainda era criança, a jovem contou que um vizinho tentou estuprá-la há quatro anos.

Em vídeo publicado, nesta quarta-feira (7), no Instagram, a estudante revelou que o caso aconteceu em 2020, quando ela iniciou seu curso de medicina veterinária. Segundo Carolina, o agressor era seu vizinho em Bambuí, Minas Gerais. “Eu morava em um condomínio e usava sempre uma camiseta com ‘Medicina Veterinária’. Um vizinho, que morava com a esposa enfermeira, pediu ajuda para dar um remédio ao cachorro“, explicou.

A jovem, então, falou o que o homem havia planejado. “Eu disse que ajudaria quando a esposa dele chegasse do trabalho em casa, por volta das 19h. Por volta de 19h30 cheguei na casa dele e a esposa não estava. Somente depois descobri que a esposa já tinha mudado o horário de plantão dela há duas semanas e ele não me falou isso, na maldade. Depois de dar o remédio, fui saindo, mas ele me atacou, me prendeu pelos braços e começou a tirar minha roupa com a boca“, descreveu.

Naquele dia, Carolina disse que não conseguiu gritar, pois estava sem voz devido a uma cirurgia que havia feito um mês antes, o que causou paralisação nos músculos da face. “Eu só lembrei da Carolina de seis anos, que também não conseguiu gritar por motivos diferentes. Eu consegui tirar uma força que eu não sei de onde veio. Eu consegui escapar pela lateral em um momento que ele se descuidou e levantou o braço e aí eu consegui escapar e fugir“, relatou.

Jovem com “pior dor do mundo” revelou os abusos antes do diagnóstico. (Fotos: Arquivo Pessoal)

A estudante denunciou o vizinho à Polícia Militar, que registrou o caso como importunação sexual. Mais tarde, ela descobriu que o homem também foi acusado de estupro por outras duas jovens. Carolina informou, ainda, que o agressor foi punido com uma multa e ficou dois anos com restrições para sair à noite.

Ele nunca foi devidamente punido. Apenas pagou uma multa e teve restrições à noite, enquanto eu continuei enfrentando uma onda de abusos“, concluiu. Em seu relato, a brasileira compartilhou outros abusos e agressões sofridos antes de receber maiores informações sobre a sua doença.

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Aos 6 anos, Carolina foi abusada sexualmente por um familiar, que a ameaçou para mantê-la em silêncio. O trauma a fez se isolar da própria família e sofrer com fortes dores de cabeça. O quadro foi inicialmente tratado como enxaqueca emocional. Aos 13, ela viveu um relacionamento repleto de abusos, incluindo físicos e psicológicos.

A estudante também compartilhou detalhes de sua gravidez, aos 16 anos, e a pressão que seu então parceiro fez para a realização de um aborto. Por sua vez, a jovem decidiu manter a gestação e, atualmente, é mãe de uma menina de 10 anos. Carolina, que se destacou na mídia por cogitar a eutanásia aos 27 anos, ressaltou que o desabafo seja um incentivo a outras mulheres que possam ter passado por situações similares. Saiba mais detalhes, clicando aqui.

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