Bruno Krupp vira réu por estelionato, após ser acusado de dar golpe de R$ 400 mil em hotel

O modelo e seu sócio são acusados de aplicar golpe de R$428 mil no Hotel Nacional

Bruno Krupp Anderson Marques

Nesta terça-feira (30), a juíza Luciana Fiala de Siqueira Carvalho, da 31ª Vara Criminal, tornou o modelo Bruno Moreira Krupp réu por estelionato. Krupp é acusado de dar um golpe de mais de R$ 400 mil em um hotel. Na última sexta-feira (26), o Ministério Público foi responsável pela denúncia do influenciador digital e seu sócio, Bruno Monteiro Leite, que também virou réu pelo crime. 

O promotor Marcos Kac, da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da Zona Sul e Barra da Tijuca, entendeu que havia embasamento suficiente nas investigações do caso para seguir com a acusação. A denúncia aconteceu no mesmo dia em que Bruno virou réu pela morte do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, que foi atropelado pelo modelo no fim de julho, na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. 

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Na decisão tomada hoje, a juíza Luciana Fiala, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, entretanto, não decretou a prisão de Bruno Krupp e Bruno Monteiro. A magistrada também não estipulou as medidas cautelares apresentadas pelo MP, como o comparecimento bimestral de ambos em juízo, para informar e justificar atividades; a proibição de se ausentar da cidade e a proibição de saírem de casa à noite.

Bruno Krupp
O modelo Bruno Krupp aplicou golpe de R$ 428 mil no Hotel Nacional, e foi indiciado por estelionato. (Foto: Reprodução/ Instagram)

A Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat) indiciou Krupp pelo crime de estelionato, no último dia 18 de agosto. “Pedi a prisão dele porque a fraude foi em torno de R$ 400 mil. Eles pegam cartões de créditos de terceiro, clonam e vendem as diárias dos hotéis com preços mais baratos. O cartão recusa e o hotel fica no prejuízo. Essa investigação começou há uns meses, após o Hotel Nacional comunicar a fraude à Deat”, apontou a delegada titular Patrícia Araújo de Alemany. 

Durante as investigações, um gerente revelou que a fraude no Hotel Nacional foi estimada em R$ 428 mil. O funcionário explicou que Bruno Krupp oferecia diárias com preços inferiores do que os disponíveis no site do estabelecimento. Para conseguir a hospedagem a preço baixo, os clientes precisavam fazer um pagamento em uma conta no nome de outra pessoa, fornecida pelo influenciador. Por fim, ele fazia as reservas utilizando cartões de crédito clonados.

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Krupp teria saído do hotel antes do estabelecimento lesado pelas fraudes conseguir contestar os cartões. Na denúncia, a promotoria solicitou que o modelo ressarça todas as vítimas, bem como o Hotel Nacional. 

O influenciador já é réu por atropelar e matar o adolescente João Gabriel Cardim. O caso aconteceu no dia 30 de julho, na Avenida Lúcio Costa, Barra da Tijuca. Ao ser atropelado de moto por Bruno Krupp, que estava a mais de 150 km/h, o jovem teve uma perna amputada e foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu.

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