Cachorro é dado como morto por pet shop no RS, aparece vivo dias depois, e família se choca com descoberta

A policia local está investigando o caso e o Ministério Público também foi acionado

Cachorrinho Flash

A Polícia Civil de Bagé (RS) investiga o caso do cachorrinho Flash, dado como morto por um pet shop e encontrado VIVO pela família dias depois. Inicialmente, a veterinária que o atendeu, disse que o cão da raça yorkshire, de 13 anos, teria se assustado durante uma tempestade e infartado. A surpresa veio, no entanto, quando uma mulher entrou em contato com os tutores para devolver o animal de estimação. As informações são do UOL.

Segundo Augusto Xavier, a família deixou Flash no pet em 17 de novembro, para uma viagem de sete dias. Quando retornaram, eles foram informados sobre a morte do cachorro. A explicação seria um forte temporal que atingiu Bagé nos dias anteriores, incluindo grandes volumes acumulados de chuva e queda de granizo.

Um saco com o que seria o corpo do animal foi entregue a um funcionário da família para que ele fosse enterrado. Seguindo uma tradição, o enterro foi em uma estância de propriedade dos tutores, a cerca de 25 quilômetros do centro da cidade. A “cerimônia”, inclusive, teria sido acompanhada pela veterinária.

A dona do pet shop, de acordo com o relato, não aceitou devolver a coleira de Flash, o que despertou a desconfiança da família. Quando decidiram desenterrar o bichinho, eles encontraram materiais orgânicos de outros animais, como pedras vesiculares e até órgãos, além de ataduras e jornais velhos.

Flash foi encontrado perambulando pelas ruas de Bagé. (Foto: Arquivo Pessoal)

Desde então, Augusto começou uma busca através das redes sociais, procurando informações sobre o cãozinho. Na última semana, uma mulher entrou em contato, afirmando que estava dando abrigo ao cachorro desde 24 de novembro.

O tutor contou, ainda, que os responsáveis pelo pet shop tentaram encobrir a aparição do cãozinho. “A pessoa que encontrou ele ligou para a pet shop e foi orientada a tirar o lenço dele, tirar a coleira dele, queimar e ficar com o cachorro, já que ela [responsável pelo pet shop] já tinha dado o cachorro como morto”, afirmou.

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Augusto registrou um boletim de ocorrência e o caso segue em investigação. Em nota, a responsável pelo pet shop disse que só vai se manifestar após a conclusão das autoridades. “Aguardamos a investigação da autoridade policial, cuja orientação foi aguardar conclusão da outiva de todos envolvidos. Por esses motivos – não tenho nenhuma declaração a prestar”, diz o texto.

Segundo o delegado Caio Iamamura, ela já prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento. Os tutores também buscaram o Ministério Público para as demais providências.

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