Três brasileiros relataram que foram agredidos fisicamente por seguranças de uma boate em Lisboa, Portugal, no último dia 22 de maio. De acordo com informações do “O Globo”, o alagoano Jefferson Gomes Tenório estava com o namorado Luís Almeida no barco Titanic Sur Mer, na região do cais do Sodré, quando houve um desentendimento. A prima de Luís também os acompanhava, mas ela preferiu não de identificar.
O caso entrou em evidência recentemente após Jefferson compartilhar em detalhes o episódio nas redes sociais. Em um post no Instagram, o rapaz mostrou os ferimentos em seu rosto e no de Luís, e detalhou o que aconteceu. Ao final, ele pediu por justiça. Até o momento, segundo ele, não se sabe se a agressão foi motivada por homofobia ou xenofobia.
“No dia 21 de maio, devido a visita de uma familiar, fomos os 3 (eu, meu companheiro e a familiar) a um bar (Bar Titanic), localizado no cais do Sodré em Lisboa, Portugal. Neste bar ficamos até por volta de 3 horas da manhã do dia 22/05. Na hora da saída, voltei ao bar para usar o banheiro. Passado um tempo meu companheiro foi a minha procura, mas foi impedido de entrar novamente ao bar, momento em que insistiu avisando que tinha uma pessoa que estava lá dentro”, começou o alagoano.
“Nesse momento começou a ser empurrado por 3 seguranças, pedindo calma e questionando porque estava sendo empurrado, recebeu um soco no rosto e foi ao chão sem ter feito nada. Ao ouvir o ocorrido fui em sua defesa tentando apartar, tanto eu quanto a familiar fomos também agredidos”, continuou. Jefferson ainda disse que ficou revoltado com as agressões, e tentou interrompê-las atirando uma pedra na frente do local.
“Começou então uma cena de horror, na qual eu fui afogado no rio Tejo, torturado e agredido com socos e chutes no rosto e no corpo, com eles gritando que o iam me matar. Acabei ficando completamente ensanguentado, a agressão só parou quando a polícia chegou”, relatou. “Nós fomos levados ao hospital, fomos sulfurados no rosto, temos várias lesões e hematomas, sangramos bastante, tive o nariz fraturado em 3 partes, sendo necessário uma cirurgia de 3 horas. Nossos objetos de valor pessoal como anéis e relógio sumiram”, explicou o jovem.
Por fim, ele pediu que a justiça seja feita diante da brutalidade cometida contra eles. “Gostaríamos de verdade de pensar que não fomos tratados assim por conta de nossa orientação sexual, cor ou nacionalidade. Nada justifica as agressões e queremos JUSTIÇA”, clamou.
No desabafo, Jefferson descreveu o momento como “uma noite traumatizante”, e agradeceu por ele e seu namorado terem saído com vida. O rapaz ainda alegou que o que sofreram foi uma tentativa de homicídio pelos oito seguranças da boate. “Por favor, nós precisamos de ajuda do governo brasileiro. Nós estamos gritando por socorro, nos ajudem”, pediu ao final.
O vídeo postado ainda mostra depoimentos de outras pessoas que foram vítimas de agressão. “Segunda vez que eles atacam”, escreveu um internauta. “Aconteceu com meu amigo em 2019, e a polícia também não fez nada”, revelou um outro seguidor. “Aqueles bares ali têm traje de fazer isso com imigrantes (…) Estou cansado de ver relatos da galera no grupo de brasileiros em Portugal que apanharam muito. Infelizmente, não dá em nada”, desabafou um terceiro seguidor.
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Neste domingo (28), através dos stories do Instagram, o influenciador disse que fez uma denúncia contra a boate, mas que em primeiro momento precisou se resguardar pela própria segurança. “Eu podia ter postado os vídeos no dia da ocorrência, mas eu tenho os meus advogados e preciso me proteger”, afirmou Jefferson.
Na sequência, o alagoano pediu que outras pessoas denunciem a casa noturna, e alegou que a polícia de Portugal não fez nada a respeito. “A gente tenta pensar que foi homofobia ou xenofobia, ou preconceito com a cor do meu namorado. Mesmo se fosse isso, mesmo se tivesse algum motivo… Várias pessoas vão dizer: ‘Mas eles não agridem sem ter começado alguma coisa’. Não foi assim, não foi. Entendam, do mesmo jeito que existem pessoas boas, tem pessoas ruins no mundo, que não têm nada a perder”, refletiu o jovem.
“Eles me torturaram, me espancaram muito. E só pararam quando meu namorado chegou com a polícia, e mesmo assim eles [os agentes] não fizeram nada”, disse. Assista:
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaquesBrasileiro relata caso de agressão em boate de Portugal pic.twitter.com/0hNdSVV8Mz
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) May 29, 2023