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A Justiça norte-americana informou, nesta terça-feira (11), que prendeu e indiciou Daniel Sikkema, de 54 anos. Ele é acusado de contratar um assassino de aluguel para matar o seu ex-marido, o galerista Brent Sikkema, no Rio de Janeiro. O caso aconteceu em janeiro de 2024. As investigações foram realizadas pelo FBI.
De acordo com os documentos judiciais do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, Daniel, que é cubano e vivia em Manhattan, ofereceu US$ 5 mil para um assassino de aluguel, com quem mantinha um relacionamento amoroso. Em troca, ele mataria o seu ex-companheiro. O suspeito utilizou uma identidade falsa roubada, com o intuito de ocultar a origem dos pagamentos.
A promotora do tribunal federal que investiga o caso, Danielle R. Sassoon, descreveu o crime como “um complô frio para assassinar”. O diretor assistente do FBI, James E. Dennehy, também falou sobre o caso: “No meio de um divórcio tenso, Daniel Sikkema supostamente financiou a morte prematura de seu ex-marido. O acusado alegadamente contratou um assassino para facilitar o assassinato internacional do seu marido e tentou esconder o seu envolvimento neste plano insensível”.
O Tribunal Distrital dos Estados Unidos declarou que Daniel responderá pelos crimes de conspiração para cometer assassinato de aluguel; assassinato de aluguel; conspiração para assassinar uma pessoa em um condado estrangeiro e fraude de passaporte. Caso seja condenado, ele pode pegar prisão perpétua ou pena de morte.

Relembre o caso
Brent Sikkema foi encontrado morto, com 18 perfurações por arma branca, em 15 de janeiro de 2024, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. As câmeras de segurança registraram a entrada e saída de um homem na casa, durante a madrugada. Informações de testemunhas ajudaram a identificar Alejandro Triana Prevez.
Após as investigações da Polícia Civil, o cubano declarou que agiu a mando do ex-marido da vítima. Em depoimento, Alejandro afirmou que Daniel prometeu uma quantia de US$ 200 mil (quase R$ 1 milhão na cotação atual) para a execução do crime. Ele ainda revelou que Carrera reclamou do valor da pensão paga pelo galerista e demonstrou preocupação diante do relacionamento novo de Brent com “um uruguaio ou um paraguaio“, o que poderia prejudicar a divisão dos bens no divórcio.
As suspeitas sobre o ex-marido surgiram no início do caso, já que desde o ano passado, Sikkema e Daniel travavam uma batalha judicial em torno do divórcio e da guarda do filho de 13 anos. Daniel exigia R$30 milhões e uma pensão para que o galerista visse a criança, revelou a Folha de S. Paulo na época.
A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediram à Justiça, a prisão preventiva de Daniel. O caso era tratado, inicialmente, como latrocínio ou roubo seguido de morte, mas Alejandro declarou não ter pego nada da casa de Brent. O cubano responderá por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
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