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Carlos Alberto Sousa, pai de Vitória Regina de Sousa, adolescente assassinada brutalmente aos 17 anos, se pronunciou após a confissão de Maicol Salles dos Santos. Em entrevista ao Balanço Geral, da TV Record, ele rebateu a afirmação da polícia de que o preso teria agido sozinho. Carlos acredita que ele pode ter contado com a ajuda de outra pessoa para cometer o assassinato.
“A única coisa que tenho pra falar é que eu não acredito que ele tenha feito tudo isso sozinho. A testemunha que foi lá, falou que ele estava com mais um dentro do carro. Eu não sei se ele está com medo, acho que ele tem medo de sofrer algum tipo de represália. Não tem condições uma pessoa fazer tudo isso sozinha. Colocar o corpo lá, porque tem cerca, tem tudo… Como é que ele iria conseguir fazer isso tudo sozinho?”, questionou o pai da jovem.
Na análise da polícia, Maicol apresentaria características de um serial killer. Segundo as autoridades, pessoas com esse perfil costumam atuar sozinhas, já que ter mais de um parceiro geraria conflitos. “Desde o começo [da investigação] que encontraram o carro dele, as contradições, eu sempre desconfiei dele. Eu não o conhecia, eu conheci essa ‘peste’ agora”, desabafou Carlos, revoltado. Assista:
Após a cofissão de Maicol, @eleandropassai4 conversou com Carlos Alberto de Sousa, o pai da Vitória. Carlos não acredita que Maicol agiu sozinho no crime. Acompanhe! #BalançoGeral pic.twitter.com/SiKg1nYdAY
— Balanço Geral (@balancogeral) March 18, 2025
O pai de Vitória não acredita que ele tenha agido sozinho, apesar da conclusão da polícia.
Veja essa e outras notícias em https://t.co/uCww4tWizj #JornalDaRecord #JR24H pic.twitter.com/VnEGaj3CU5
— Jornal da Record (@jornaldarecord) March 19, 2025
No depoimento à polícia, Maicol alegou que vinha sendo chantageado pela vítima, e que por isso, se desentenderam. Questionado pela reportagem da Record, Carlos duvidou do relato. “Só uma pessoa idiota vai acreditar em um negócio desses. Olha para a minha filha, com 17 anos. Ela não tinha envolvimento nenhum com esse camarada. Se fosse outra pessoa, tudo bem, eu até aceitaria, mas aquele ‘traste’? Sem chance! Isso é tudo mentira”, rebateu.
Dias antes do suspeito confessar o crime, em Cajamar, sua mãe, Edneide Sales, saiu em defesa do filho: “[A pessoa] que está sendo descrita aí fora, não sei se pela mídia, eu acredito, não é o meu filho. O meu filho não é isso que as pessoas estão falando. O meu filho sempre foi um menino bom, um menino trabalhador, um homem que estava ali para qualquer coisa que eu precisasse. Eu sei do amor que o meu filho tem por mim. Que ele seria incapaz de fazer qualquer coisa que me causasse tamanha dor”.
O sequestro
Vitória desapareceu na noite de 26 de fevereiro, após sair do trabalho em um shopping de Cajamar, e seguir seu trajeto habitual para casa. Imagens de câmeras de segurança mostram que a jovem foi abordada por dois homens em um carro enquanto aguardava o ônibus. Desconfiada, ela chegou a enviar mensagens para uma amiga relatando o incômodo com a atitude deles.

Momentos depois, outros dois homens se aproximaram e ficaram no mesmo ponto. Os três embarcaram no ônibus, mas, segundo a jovem, desceram antes dela. O motorista do coletivo confirmou que Vitória desceu sozinha em uma estrada de terra no bairro Ponunduva, onde morava com a família. Esse foi o último local onde foi vista.

Câmeras de segurança registraram o veículo de Maicol, um Toyota Corolla prata, circulando pela área onde Vitória desapareceu. Segundo as investigações, ele teria seguido a vítima até o ponto de ônibus e a sequestrado quando desceu do transporte.
A Polícia Civil aponta que Vitória foi mantida em cativeiro antes de ser assassinada. Segundo laudos preliminares, ela foi torturada e teve os cabelos raspados. O corpo foi encontrado uma semana depois, em uma área de mata em Cajamar.
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