Cavalo filmado com água até o pescoço no RS não resiste e vem a óbito

A jornalista Ana Paula Araújo atualizou o caso nesta sexta-feira (10), em podcast apresentado por Natuza Nery

Que tristeza! Após o resgate emocionante do cavalo Caramelo, no Rio Grande do Sul, a situação de um outro cavalo preocupou o público. O animal estava preso dentro de uma casa, com água praticamente até o pescoço, também na cidade de Canoas, após as fortes tempestades que atingiram o estado e causaram diversos pontos de alagamentos. Segundo a jornalista Ana Paula Araújo nesta sexta-feira (10), apesar de todos os esforços o cavalo faleceu.

Em entrevista ao podcast “O Assunto”, do portal g1, ela relatou que a cena do animal foi uma das mais emblemáticas de sua cobertura até agora. “Eu registrei uma cena dramática, de um cavalo preso dentro de uma casa, tinha uma geladeira que foi arrastada até a porta e impediu a saída ele. Ele já estava quase submerso, com água quase cobrindo”, lembrou.

De acordo com a jornalista, operações de resgate foram organizadas, mas as equipes não conseguiram chegar a tempo. “Nós acionamos as equipes de resgate de ONGs especializadas, passamos a localização, as equipes tentaram montar uma operação de regaste a tempo mas, infelizmente, não foi possível. Eu recebi a informação que o cavalo não resistiu”, lamentou Ana. Apesar deste caso, quase 10 mil animais já foram resgatados desde o início das enchentes.

Ouça o episódio do podcast na íntegra:

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Nesta quinta-feira (9), os militares do Exército brasileiro e do Corpo de Bombeiros conseguiram salvar o cavalo “Caramelo”, em uma operação que comoveu os brasileiros. As equipes foram compostas principalmente por veterinários e especialistas em resgate. O animal, que estava exausto e desidratado após mais de 100 horas em pé, foi sedado para aguentar o trajeto de volta ao solo. Em seguida, Caramelo foi colocado deitado no bote dos militares e levado ao hospital veterinário de Canoas.

Em Canoas, 11 bairros foram evacuados por determinação da prefeitura da cidade por causa das enchentes. Mais de 50 mil pessoas vivem em áreas de risco e 15 mil foram levadas para um dos 55 abrigos abertos no município.

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O mais recente boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul apontou que o número de mortos em razão das chuvas subiu para 107. De acordo com a atualização desta quinta-feira (9), há um óbito sendo investigado. O estado ainda registra 136 desaparecidos e 374 feridos. Há 232,1 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 67.542 em abrigos e 164.583 desalojados – nas casas de familiares ou amigos.

O RS tem 425 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,476 milhão de pessoas afetadas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirma que, nesta sexta-feira (10), o estado voltará a ser atingido por chuvas fortes. Os volumes podem passar dos 100 milímetros. As regiões mais afetadas devem ser a Metade Norte e o Leste do estado.

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