A cigana Suyany Breschak, presa no dia 29 de maio, acusada de envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, enfrenta novas denúncias. Segundo informações do UOL, a mulher ameaçou os próprios filhos de morte.
Suyany já era suspeita de envolvimento no crime, pois recebeu o carro da vítima como pagamento de parte de uma dívida de R$400 mil de Júlia Pimenta, namorada do empresário. Porém, no dia 5 de maio, o delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), anunciou a crença da polícia de que Breschak teria encomendado o crime contra Luiz Marcelo.
Hoje (12), veio à tona um áudio no qual Suyany teria ameaçado os próprios filhos de morte por envenenamento. A mensagem teria sido enviada cinco dias após a polícia encontrar o corpo de Luiz Marcelo, já em estado de decomposição, no apartamento dele no Rio de Janeiro.
Doroti Ianovich, a mãe de Orlando Ianovich Neto, ex-marido de Breschak, foi o destinatário do áudio, enviado por volta das 19h do dia 25 de maio. Para a ex-sogra, a cigana declarou que daria veneno aos filhos de 6 e 9 anos, caso Orlando não retomasse a relação com ela.
Suyany e Orlando foram casados por 12 anos, mas terminaram em 2023. Na gravação, ela dispara ameaças em meio a frases incompreensíveis: “Gudez (Orlando), volta para casa, pelo amor de Deus, eu acabei de pedir veneno. Vou colocar veneno na comida dos meus filhos, eu estou dando para eles, eu estou fazendo. Eu vou tomar veneno, eu vou dar veneno para eles. Você vai me encontrar morta aqui em casa. Volta para casa agora, eu te amo, pelo amor de Deus. Volta para mim (…) Volta que você vai me encontrar morta com os seus filhos”. Ouça abaixo:
Cigana do caso do brigadeirão envenenado é investigada por ameaçar os filhos de morte pic.twitter.com/Q39DqcE3ng
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) June 12, 2024
A gravação obtida pelo UOL foi guardada por Natasha Ianovich, irmã de Orlando. Temendo pela vida dos sobrinhos, ela relatou as ameaças às autoridades e registrou um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) contra Suyany, na madrugada do dia 26 de maio, na 126ª Delegacia de Polícia, em Cabo Frio (RJ).
Suyany foi presa três dias depois por envolvimento na morte de Luiz Marcelo Ormond, enquanto os filhos foram morar com o pai. Ao UOL, Orlando lamentou estar sendo submetido a momentos de “terror” causados pela ex, que segundo ele não se conforma com a separação.
Ele afirmou que as ameaças não são recentes e que Suyany tem agido de forma “inconsequente” há tempos. A cigana teria tentado sequestrá-lo e, em outro momento, teria furtado seu veículo. “Uma coisa é ela fazer essas loucuras com a gente que é adulto. Mas quando se trata das crianças, aí a gente não acredita que uma mãe seja capaz disso. Mas é”, lamentou ele.
Em conversa com a diretora da escola dos filhos, Orlando descobriu que o filho mais velho relatou ter sofrido surras de Suyany para professoras e o psicólogo da escola. “Hoje conversei com a diretora da escola onde meus filhos estudam e descobri que a equipe já desconfiava que a Suyany maltratava as crianças. O meu mais velho confirmou. Diz que não quer voltar a ficar com ela. Estou cansado disso tudo”, desabafou Orlando.
As suspeitas em torno da cigana teriam começado quando a equipe da instituição notou que o menino não se alimentava, não fazia as tarefas de casa e também não se higienizava. “As questões da alimentação e do banho estão no relatório do psicólogo”, contou a diretora, em áudio para o pai.
“Estou revoltado de ouvir que meus filhos eram espancados por essa mulher (Suyany). Não sou eu falando, desconfiado do que acontecia. É a diretora da escola onde eles estudam. O áudio dela falando que ia matar nossos filhos envenenados, e que eu levei para o delegado do caso do brigadeirão, ajudou a polícia na investigação, os agentes me disseram. O que essa mulher fez não pode ficar impune”, finalizou Orlando.
Após a repercussão, a Polícia Civil se manifestou. Em nota à imprensa, a corporação destacou que ambos os casos estão sendo investigados e que os agentes estão “realizando diligências” para esclarecer a situação com os filhos. O advogado de Suyany, Etevaldo Tedeschi, não se pronunciou.
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