O corpo de Natália Cobalchini foi encontrado nesta segunda-feira (20), após 18 dias de busca. A advogada de 27 anos foi vítima de um dos 104 deslizamentos de terra ocorridos em Bento Gonçalves, a cerca de 120 km de Porto Alegre, devido às fortes chuvas que alagaram o Rio Grande do Sul.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o corpo de Natália foi localizado por bombeiros de Roraima, que estão no estado gaúcho para ajudar nos resgates, preso a galhos na beira de um riacho, a 2 km de distância do local do desmoronamento. A advogada estava em sua casa no momento da tragédia.
Artêmio Cobalchini, de 72 anos, e Ivonete Cobalchini, de 64, pais de Natália, encontravam-se na mesma residência e também morreram no acidente. Os corpos de ambos foram localizados em 3 de maio, dois dias após o ocorrido. Antes da advogada ser achada, a irmã e filha mais velha das vítimas afirmou que estava angustiada com o desaparecimento da caçula.
Marina Cobalchini, de 43 anos, descreveu Natália como “uma menina linda, sonhadora, extremamente vaidosa, uma pessoa feliz, de muitos amigos, estudiosa“. “Ela tinha um futuro lindo pela frente. Era muito batalhadora, muito esforçada, dedicada“, declarou ela à Folha. No dia da tragédia, Marina estava em Salvador, e seu irmão mais novo, Jhonas Cobalchini, de 36 anos, não estava em casa no momento. “De cinco, ficamos dois“, lamentou.
Marina também anunciou, em seus stories no Instagram, que o corpo da irmã mais nova havia sido encontrado. “Encontramos nossa menina! Deus, eu sempre acreditei que isso seria possível! Obrigado, meu pai! TE AMAMOS PARA SEMPRE“, escreveu ela. O corpo de Natália será velado nesta terça-feira (21), em Bento Gonçalves, e cremado em Caxias do Sul. Veja:
Localizada na Serra Gaúcha, Bento Gonçalves somou mais de cem deslizamentos de terra desde o início das fortes chuvas, em 1º de maio. Quatro pessoas ainda não foram encontradas. De acordo com o último boletim da Defesa Civil do RS, divulgado na manhã desta terça (21), 85 pessoas estão desaparecidas e 161 óbitos foram registrados. Ainda, 581.633 pessoas estão desalojadas e 72.561 permanecem em abrigos.
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