Desafio do desodorante: Influenciadores podem ser responsabilizados por morte de menina no DF

De acordo com o delegado Walber Lima, da 15ª Delegacia de Polícia, a principal linha de investigação aponta que Sarah teria participado do desafio após ver conteúdos na internet. “A ideia é conseguir o histórico de pesquisas, além do conteúdo acessado por ela”, explicou ao Bom Dia Brasil. Ele também afirmou que os responsáveis pelas publicações podem responder por homicídio duplamente qualificado – crime cuja pena pode chegar a 30 anos de prisão.

O celular que estava com a menina foi apreendido e encaminhado para análise da perícia. O objetivo é rastrear a origem dos vídeos que ela teria assistido. O laudo técnico deve ser concluído em aproximadamente 30 dias. Já o laudo cadavérico, feito pelo Instituto Médico Legal (IML), foi finalizado e será analisado pelos investigadores, segundo o g1.

Sarah foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na quinta-feira (10), após ser encontrada desacordada pelo avô. Ela estava deitada no sofá de casa, ao lado do celular e de um frasco de desodorante aerossol. Uma almofada encharcada com o produto também foi encontrada no local. A menina chegou a ser levada com vida ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde os médicos constataram a morte cerebral.

Desafio do Desodorante

O “Desafio do Desodorante” incentiva participantes a inalarem o produto pelo maior tempo possível. A prática, replicada por crianças e adolescentes nas redes sociais, tem rendido milhares de visualizações – mas também preocupa especialistas. Segundo eles, o aerossol pode causar sérios danos à saúde, já que penetra rapidamente nos brônquios e compromete a oxigenação. Além disso, a presença de etanol em alta concentração no desodorante representa um risco adicional.

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