Família de socialite carioca que estava sumida atualiza estado de saúde dela e aponta atitudes “perversas” de motorista

Regina Gonçalves estava sumida desde o fim do ano passado

Após o sumiço da socialite Regina Lemos Gonçalves ser desvendado, amigos e familiares da mulher de 88 anos relataram como a herdeira está de saúde. Recentemente, seu desaparecimento chamou a atenção dos moradores de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, e a verdade cabulosa por trás da história veio à tona: Regina teria sido vítima de um golpe do motorista, que a manteve em cárcere privado por meses.

Agora já afastada do suspeito, Marina Felfeli, síndica do icônico edifício Chopin, onde Regina mora, afirmou que a senhora está recuperada do susto. “Está na casa do irmão, muito amada e feliz. Bonitona e plena, como sempre. Ela vai fazer uma pintura na casa dela para voltar em breve ao Chopin. Quando ela voltar, daremos uma grande festa! Ela merece”, disse Marina ao F5, do Folha de S. Paulo. Felfeli ressaltou que Regina está “se recuperando dos traumas”: “Ela está ótima, alegre, lúcida”.

Quem divulgou o caso para a mídia foi a ex-deputada estadual e empresária Alice Tamborindeguy. Também ao portal, ela relatou ter tentado contato com a amiga por meses até entender o que estava se passando. Tamborindeguy ainda se mostrou surpresa com o desfecho da história, já que nunca desconfiou do ex-motorista de Regina. “Ele era sempre muito gentil, gente boa, sempre me tratou bem”, afirmou.

Já o sobrinho da vítima descreveu o homem sob outro ponto de vista. “Ele forçou minha tia a assinar a união estável. Achei vários remédios com o princípio ativo de ‘Boa Noite, Cinderela’ na mansão. Ela vivia dopada o tempo todo”, apontou Álvaro McWhite. “Ele chegou dizendo que ele era muito pobrinho, que precisava de uma oportunidade e começou a prestar serviços para ela. Ela foi pegando amizade por ele. Sabe aquele filme da rainha Vitória com o hindu? Foi mais ou menos aquilo. Só que, ao contrário desse canalha, o hindu era do bem”, disse o sobrinho, fazendo referência ao longa “Victoria e Abdul: o Confidente da rainha”, de 2017.

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Para Álvaro, a ingenuidade de Regina para a situação foi agravante no caso. “Minha tia tem uma vida que as pessoas dizem que não pode ser real. Ela tem muita obra de arte, muita joia. É uma pessoa extremamente generosa, como hoje em dia quase não se vê. Foi uma grande filantropa, muito querida pela sociedade. Só que ela não tem maldade. De repente, ela parou de receber ligações. Ele atendia o celular dela e dizia que ela estava tomando banho ou dormindo”, relatou, acrescentando que soube da “trama macabra” após identificar perdas nos bens da tia.

Edifício Chopin é vizinho do hotel Copacabana Palace, um dos mais tradicionais do Rio (Foto: Getty)

Atualmente, ele mora em São Conrado, em um dos seis imóveis que a idosa possui no mesmo condomínio. “Foi lá que eu descobri o que ele estava aprontando. Drogava minha tia, falsificou documentos e roubou mais de R$ 20 milhões em joias. Foi muito perverso o que ele fez. Ele tentava criar acidentes na mansão para ela cair”, afirmou, acusando-o também de agressão física. O sobrinho concluiu revelando que Regina já tem data marcada para voltar para casa: “Ela vai receber os amigos dela dia 4 [de maio], no Chopin, para assistir ao show da Madonna da varanda. Ela está bem, está livre, em transformação”.

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De acordo com o F5, a Polícia Civil do Rio de Janeiro ressaltou que não há nenhum registro sobre o ocorrido na delegacia da região. Enquanto isso, o Ministério Público declarou que precisa de mais informações para abrir um inquérito e investigar o caso.

Motorista se pronuncia

O sumiço da moradora do luxuoso edifício de Copacabana também foi comentado pelo empresário João Chamarelli, que disse representar a família de Regina. Segundo ele, o motorista virou uma espécie de mordomo, de faz-tudo. Após ganhar confiança da socialite, foi dispensando os funcionários mais antigos, alegando que a casa não precisava de uma equipe tão grande. “Até que ela se deu conta que não tinha mais ninguém: só ela e ele. Ela lembra e relata os episódios, das pequenas, médias e grandes maldades”, alegou.

O motorista, no entanto, afirmou que todas as acusações a seu respeito são falsas, e que pretende tirar satisfações na Justiça. “É tudo mentira. Fizeram a maior armação comigo. Todos que falaram isso de mim serão processados. Tenho provas a meu favor. Meus advogados estão correndo atrás dos veículos que deram notícias falsas. Essa semana será tudo desvendado. João Chamarelli é um vigarista, o maior estelionatário do Rio de Janeiro. Ele diz que o nome dele é Chamarelli quando na verdade é Anderson Nascimento. Inclusive, ele já deu um calote na Regina”, disse ao Metrópoles.

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