O filho de Gal Costa, Gabriel Costa, decidiu reivindicar seus direitos à herança deixada pela cantora. O jovem quer defender o que diz ser a vontade de sua mãe. A informação foi publicada nesta sexta-feira (16), pela coluna de Mônica Bergamo na Folha de São Paulo. De acordo com a reportagem, Gabriel vai recorrer à Justiça e contratou, em janeiro deste ano, advogados para fazer a sua defesa.
A entrada do jovem na disputa irá questionar a fração do patrimônio de Gal reivindicada por Wilma Petrillo, viúva da artista. Gabriel, com 18 anos recém-completados, afirmou querer aproveitar a chegada à maioridade para “agir de acordo com sua consciência, livre de influências“.
Na época da morte de Gal, o jovem ficou sob a guarda temporária de Petrillo. A viúva pede na Justiça o reconhecimento de uma união estável com a cantora. Se concedida, dará a ela o direito a 50% da herança e a permissão para administrar o patrimônio artístico da baiana em conjunto com Gabriel.
Gal faleceu em novembro de 2022, aos 77 anos de idade, devido a um infarto agudo do miocárdio, ou seja, um ataque cardíaco e neoplasia maligna de cabeça e pescoço (um tumor que ocorre devido ao crescimento anormal do número de células, podendo ser benigno ou maligno).
Pouco antes de seu falecimento, a artista deixou um testamento em que destinou a maior parte de sua herança ao filho. Entre os bens deixados para o rapaz, está uma casa no Jardim Europa, em São Paulo, avaliada em R$ 5 milhões. Lá, Costa viveu na companhia do jovem e de Wilma Petrillo, viúva da cantora, com quem Gal se relacionou por cerca de 30 anos.
Dois meses após a morte da cantora, Wilma solicitou a abertura do inventário da artista, bem como o reconhecimento de união estável. As duas se relacionaram por 30 anos, até o falecimento de Gal. Petrillo solicitou, ainda, a guarda de Gabriel, que na época tinha 17 anos.
A fim de garantir os direitos do rapaz sobre o espólio da mãe, a Justiça pediu que a Defensoria Pública de São Paulo atuasse no caso. Na sequência, Wilma voltou a pedir o reconhecimento da união, mas foi informada por um juiz que seria necessário um posicionamento da Defensoria, revelou o g1. Seis meses depois, em junho de 2023, a Defensoria Pública recusou o pedido de Petrillo, alegando que a viúva não teria apresentado “suficiente documentação comprobatória da alegada união estável”.
No começo de julho de 2023, Wilma reiterou os pedidos. Ela alegou, ainda, que Gabriel, em outra ação judicial, “declarou de forma expressa que, desde pequeno, convive em harmonia com ela como se fosse sua mãe”. No mesmo mês, após diversos requerimentos, a Justiça de São Paulo solicitou que o herdeiro da artista, na época já com 18 anos completos, fizesse uma declaração de forma expressa sobre a relação da mãe com Petrillo. A declaração deveria ser em “concordância de próprio punho e com firma reconhecida em cartório”, reafirmando a “união estável supostamente havida” entre Wilma e Gal.
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