Gêmeas bivitelinas recebem o mesmo diagnóstico, mas só uma sobreviveu: ‘Mistério para a medicina’

Mãe contou a história pela primeira vez em relato comovente

ouça este conteúdo

Sarah Ferreira compartilhou a história de suas filhas, as gêmeas Alice e Helena, que nasceram com a mesma doença cardíaca, mas apenas uma conseguiu sobreviver. Em entrevista a Mariana Kupfer, no videocast “Amar + Materna”, do UOL, ela revelou que as crianças eram bivitelinas, ou seja, quando são geradas em dois óvulos diferentes, e por esse motivo, o caso ainda é considerado “um mistério para a medicina”.

Sarah contou que a sua gestação foi tranquila e saudável até a 36ª semana, quando passou por um parto prematuro. Alice nasceu primeiro, enquanto Helena levou cerca de três minutos por não estar em posição adequada. “Ela estava com falta de oxigênio, foi direto para a UTI. Nem consegui pegar minha filha no colo, olhar para ela a primeira vez. Foi bem complicado“, lamentou.

Alice também foi internada na Unidade de Terapia Intensiva. Após os exames, as duas irmãs receberam o mesmo diagnóstico: miocardiopatia hipertrófica e biventricular, doença genética que causa um aumento da espessura das paredes do coração.

Sete meses depois, Alice apresentou uma piora inesperada e acabou morrendo. “Foi muito difícil. A fé em Deus me trouxe de volta porque eu tinha outra filha pra criar e precisava seguir, mas o luto nunca passa. Não existe superar o luto, a gente fica mais forte. Demorei três anos pra conseguir falar nesse assunto“, afirmou Sarah.

Helena conseguiu sobreviver e, atualmente, tem 5 anos. (Foto: Reprodução/Instagram)

Após o triste ocorrido, Helena ficou internada para que os médicos investigassem seu estado de saúde. A doença passou a ser controlada com medicamentos desde a primeira internação na UTI.

Contudo, até hoje, Sarah explicou que os médicos não sabem como as filhas nasceram com a mesma condição. “É um mistério para a medicina, porque é uma condição genética, mas elas não eram gêmeas idênticas“, contou. Para eles, Alice morreu por consequência de insuficiência cardíaca e de uma leucocitose, quando ocorre um anormalidade dos glóbulos brancos no sangue, que indicam uma infecção ou doenças mais graves.

Continua depois da Publicidade

Por conta das complicações do parto, Helena foi diagnosticada com escoliose e hipotonia, em que há uma diminuição do tônus muscular. “Ela teve atraso no desenvolvimento, ainda hoje aos cinco anos não fala, só balbucia. Ela começou a andar com quase cinco anos“, disse Sarah.

Além disso, Helena também foi diagnosticada com autismo e, por conta da condição, ainda não frequenta a escola. “É um desafio diário. Hoje ela faz fono, fisio, tudo para o desenvolvimento dela e ela tem evoluído bem, mas a comida ela ainda come tudo batidinho“, completou Sarah.

Assista à entrevista completa:

Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques