O caso de Hugo Sérgio Andrade do Nascimento, fisiculturista que morreu carbonizado na madrugada do dia 29 de junho, em Anil, zona oeste do Rio de Janeiro teve novas imagens divulgadas. Nesta terça-feira (8), a Globo mostrou o momento que o homem pede por socorro e tenta pular da varanda de seu apartamento para fugir do incêndio.
Na gravação, é possível ver a varanda da residência em chamas e fumaça saindo pelas janelas. Em dado momento, Hugo chega a colocar uma parte do corpo para fora, mas recua e desiste de pular. Depois, ele volta para dentro da sala e não é mais visto. Assista:
🚨ASSISTA: Imagens desesperadoras divulgadas pelo G1 mostram que fisiculturista gritou por socorro e tentou se jogar da varanda para fugir do incêndio. pic.twitter.com/gBW6DfHn7f
— DIRETO DO MIOLO (@diretodomiolo) August 8, 2023
O vídeo confirma o que o vizinho do prédio em frente declarou, segundo o g1. Em entrevista ao portal, ele disse que viu o fisiculturista pedindo ajuda. “Eu e minha esposa estávamos dormindo. Eu ouvi uma gritaria muito grande, barulho de vidros quebrando e quando vi pela janela, os moradores estavam na sacada e o apartamento em chamas”, recordou.
“O Hugo estava na sacada e fazia como se fosse se jogar do 10º andar. Claro por conta do calor e do fogo. Os moradores gritavam pedindo que ele ficasse calmo e não se jogasse. Nisso, eu desci para tentar ajudar de alguma forma”, continuou.
A esposa do atleta, Larissa Mello Viana Silveira, de 27 anos, e a filha do casal, de 6 anos, ficaram a salvo. A criança, entretanto, teve queimaduras pelo corpo e foi levada em estado grave para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Inicialmente, Larissa afirmou que o marido teria retirado a filha e a cadela da família do imóvel. No entanto, algumas testemunhas e funcionários do prédio contrariam sua versão.
Um outro morador confirmou ter retirado a garota de dentro do apartamento em chamas. Segundo ele, a menina estava na cozinha, o que facilitou o resgate. “O incêndio foi muito rápido. No curto-circuito não acontece isso. Os móveis queimavam ao mesmo tempo”, declarou.
O condômino ressaltou ter escutado uma discussão entre Hugo e Larissa momentos antes da tragédia. “Eu estava dormindo e acordei com barulhos de móveis quebrando, móveis caindo e vidro estilhaçando. Em seguida, eu ouvi uma criança gritando. Foi o que me levou na varanda. Lá, eu vi o prédio da frente muito claro e olhei para cima. O vizinho da frente gritou ‘fogo’. Eu coloquei o chinelo e subi correndo”, descreveu.
“Quando eu cheguei no corredor, a fumaça era muito intensa e voltei a ouvir o grito da criança [pedindo socorro]. Os moradores das outras portas saíam. Vi a mãe da menina no corredor e perguntei quem estava no apartamento. Ela disse que era a filha e o marido, e ela foi para a escada onde estavam outros moradores. Fui até o apartamento, mas não consegui entrar inicialmente porque a porta pegava fogo, o calor era muito intenso e tinha muita fumaça”, lembrou em seguida.
O caso está sendo investigado pela 32ª DP (Taquara). Até o momento, a polícia já ouviu quatro testemunhas, e outras duas devem prestar depoimento. A declaração de Larissa Mello, por sua vez, está marcada para a segunda semana de agosto. Os laudos cadavérico e de perícia de local devem ficar prontos nos próximos dias.
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