Homem que morreu após virar garrafa de cachaça em GO tem história triste revelada por irmã

Maria Jucieuda revelou que o irmão enfrentava problemas com bebida e explicou como o quadro se agravou após fim do casamento

A irmã de Antônio Cândido, que morreu no domingo (16) após consumir uma garrafa de cachaça de uma vez só, contou ao g1 que o trabalhador rural tinha problemas com bebida. Segundo Maria Jucieuda, a questão se agravou após o fim do casamento, quando o irmão passou a beber todos os dias.

“Ele sempre bebeu, mas separou e quis beber um pouco a mais e não parava. Nós ‘dava’ conselho, pedia, pedia demais, mas simplesmente ele dizia que ele ia beber até morrer, e se morresse não precisava nem ir atrás”, revelou, em entrevista publicada nesta quinta-feira (20).

O caso aconteceu em Santo Antônio do Rio Verde, distrito de Catalão, no sudeste de Goiás. Antônio tinha 42 anos e participou de uma aposta, que consistia “virar” a garrafa de cachaça para ganhar uma caixa de cerveja. De acordo com Maria, ele morou em Catalão durante 10 anos, mas mudou para Santo Antônio há dois meses, quando o casamento acabou, onde alugou um quarto que sequer tinha janelas.

“As vezes que procurava a gente, era bêbado. A gente dava comida a ele, ele comia e voltava [para casa]. Ele só dizia que não queria atrapalhar”, falou a agricultora. “Ele só dormia nesse quarto. Ele não trabalhava há dois meses, o povo chamava, mas ele não trabalhava, ele perdeu o gosto da vida”, lamentou ela, que teve o último contato com o irmão três dias antes de sua morte.

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Apesar de não saber detalhes da separação, Maria revelou que a ex tentou ajudá-lo a parar de beber.

Causa da morte

Segundo uma testemunha anônima, o trabalhador havia entrado numa aposta de um bar e, por isso, ingeriu todo o álcool. “Apostaram duas caixinhas de cerveja. Ele virou 1 litro de pinga, mas não aguentou”, lamentou, em conversa com o g1.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o trabalhador foi encontrado morto, pouco depois, na calçada do estabelecimento. O dono do bar revelou à PM que o falecido já estava bebendo com amigos desde cedo. Assim que deixou o local, ele se deitou na calçada. No entanto, ele não se levantou mais.

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A PM registrou o caso como morte natural e, por esse motivo, não é necessária a investigação, de acordo com o delegado David Felício. Por fim, por falta de evidência de crime, os familiares foram orientados pelas autoridades a acionar o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), para o recolhimento do corpo.

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