O jornalista Terrence McCoy, do The Washington Post, compartilhou um relato surpreendente sobre a experiência que viveu durante uma viagem em família ao Brasil. Em vídeo publicado nas redes sociais, o norte-americano contou o choque que teve ao ser atendido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Terrence estava passeando com a família em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, quando sofreu um acidente com o porta-malas do carro. Sangrando, foi levado de ambulância ao hospital público da cidade, onde recebeu atendimento médico imediato.
Segundo o correspondente, ele passou por diversos exames, incluindo tomografia e raio-x, recebeu medicação e levou seis pontos na cabeça. Mesmo morando há seis anos no Brasil, McCoy se disse surpreso ao perceber, ao final do atendimento, que não teve que pagar por absolutamente nada.
Ele destacou ainda que, em nenhum momento, foi questionado sobre plano de saúde, seguro ou qualquer forma de pagamento, algo impensável nos Estados Unidos, onde a primeira preocupação de muitos pacientes é: “Quanto isso vai me custar?”.
Acostumado ao sistema de saúde norte-americano, um dos mais caros e desiguais do mundo, Terrence ficou impressionado com a eficiência e o alcance do SUS, que oferece atendimento gratuito a todos os cidadãos brasileiros e estrangeiros residentes.
Embora reconheça as falhas estruturais do sistema, como a falta de verba e a sobrecarga dos hospitais, o jornalista ressaltou que o SUS realiza mais de 2,8 bilhões de atendimentos por ano e é a única fonte de cuidado médico para cerca de 70% da população brasileira.

No hospital de Paraty, ele observou a diversidade dos pacientes: moradores da região que chegam de barco, turistas como ele, todos atendidos com o mesmo padrão de cuidado, sem distinções.
Além do próprio atendimento, McCoy relatou que seu filho também adoeceu durante a viagem. Levado ao mesmo hospital, foi atendido por um pediatra, diagnosticado com amigdalite e saiu com prescrição de antibióticos e antitérmicos, novamente, sem custo algum.
“Minha passagem por um hospital público brasileiro acabou servindo como uma aula prática sobre um sistema de saúde fundamentalmente diferente”, escreveu McCoy. Ao final, ele afirmou que, além dos pontos na cabeça, a experiência deixou marcas profundas.
Assista ao relato completo:
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