A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte de uma jovem modelo de 21 anos, em Santo Amaro, na zona sul da capital. O corpo de Dalliene de Cassia Brito Pereira foi encontrado no sábado (1º), dentro do próprio apartamento onde morava, sem roupas e com um travesseiro no rosto.
Dalliene se mudou de Uberaba, em Minas Gerais, para a cidade, acreditando que poderia ter mais chances na carreira e alugava o imóvel desde outubro do ano passado. Brunna Gondim, que morava com a amiga, afirmou que elas não tinham o costume de trancar a porta de entrada. Porém, ao chegar em casa, Brunna estranhou que o apartamento estivesse trancado por dentro e pediu ajuda. O zelador e a polícia arrombaram a porta e encontraram a vítima morta no local.
De acordo com o UOL, os vizinhos chegaram a ouvir – e até gravar – gritos vindo do apartamento, mas acreditaram ser de uma relação sexual. Mais tarde, os investigadores identificaram pedidos de socorro abafados nos áudios.
Ao jornal O Globo, a mãe de Dalliene relatou a última vez que falou com a filha. “A gente conversava todos os dias. Na sexta-feira, ela me mandou uma mensagem, um ‘oi, mãe’ e eu senti que ela queria me falar alguma coisa, mas ela não disse mais nada e eu achei que ela estava trabalhando. Naquele dia ela não falou mais comigo”, relembrou Valéria Alves Brito.
Segundo o depoimento da mãe, Brunna foi encarregada de dar a triste notícia para a família da amiga. “Ela começou a falar comigo, chorar, não falar nada com nada. Eu me desesperei, comecei a chorar muito, não acreditando. Estou passando mal: não sei o que aconteceu, estou perdida, sem chão”, disse ela.
Valéria, inclusive, detalhou como foi a abordagem da polícia: “Na hora que ela [Brnuna] chegou, era para a Dalliene ter deixado a porta aberta. Dalliene dormia com a porta aberta. Brunna já achou estranho. Ela bateu, interfonou, ligou e nada. Ela escutou a cama arrastando lá dentro do apartamento e escutou uns barulhos. Ela ficou apavorada, com medo, desceu as escadas, e foi chamar a polícia no posto em frente”.
“Minha filha confiava em deixar a chave na porta da frente, debaixo do tapete ou o apartamento destrancado”, apontou a mãe ao Estadão. “Nunca achei isso certo [apartamento destrancado] e sempre me preocupava, mas ela confiava”, acrescentou.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ainda informou que os agentes responsáveis pelo chamado encontraram Dalliene com ferimentos nos pulsos. Agora, o Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal estão realizando uma investigação. Entre as teses, estão homicídio, overdose e até complicação pós-operatória.
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