Nara Gregorini, publicitária de 24 anos, foi diagnosticada com gastroparesia há um ano. Ela contraiu a doença intestinal após uma infecção alimentar, por causa de um lanche que comeu em um restaurante “hypado” de São Paulo. A jovem narrou a reviravolta ao Viva Bem, do UOL, nesta quarta-feira (10).
“Em março de 2022, fui a um restaurante em São Paulo (SP), que estava sendo bastante comentado nas redes sociais. Chegando lá, pedi um X-burguer tradicional, que vem só pão, carne e queijo”, lembrou. No dia seguinte, após ir ao hospital, os médicos optaram por mais exames – que, inicialmente, identificaram uma intoxicação alimentar.
“Acordei passando muito mal, eu mal conseguia ficar em pé e andar. Fui ao hospital e os médicos decidiram me internar para fazer exames e ver o que tinha. Foram feitos diversos exames e os médicos disseram que eu estava com intoxicação alimentar por causa do que comi. E por causa dessa intoxicação estava com infecção no estômago e no intestino”, continuou.
Após cinco dias internada, Nara teve alta, mas seguiu com os sintomas: “Vomitava várias vezes ao dia, tinha enjoo e dores abdominais muito fortes. Comecei a ter dificuldades para me alimentar e praticamente toda semana precisava retornar ao hospital para ser medicada. Pesava 58 quilos e passei a pesar 45”.
Sem diagnóstico definitivo, ela buscou outros médicos. “Fui a mais de cinco profissionais, fiz diversos exames e ninguém descobria o que causava tantas dores abdominais e os vômitos constantes”. A descoberta só veio um ano depois, em março de 2023. “Após fazer um exame que chama cintilografia gástrica, recebi o diagnóstico de gastroparesia que foi desenvolvida como resultado dessa intoxicação alimentar que contraí ao comer o lanche”, explicou.
A gastroparesia é uma condição que pode afetar a digestão, e seus sintomas são: dores abdominais, náusea, enjoos e sensação de saciedade ao ingerir uma pequena quantidade de alimentos. O tratamento ocorre com a mudança de hábitos alimentares, podendo incluir o uso de remédios indicados por um especialista.
Também chamada de síndrome de atraso no esvaziamento gástrico, a doença é um quadro em que o estômago não consegue fazer os movimentos de maneira correta ou até paralisa os movimentos naturais do órgão. Sem esses movimentos, os alimentos ficam por mais tempo no estômago, sem seguir para o intestino.
“Se uma pessoa leva duas horas para digerir uma refeição, eu demoro cinco, por exemplo“, relatou a jovem. Isso fez com que ela viva em dietas rígidas, sem glúten, lactose ou carne vermelha. “Sigo uma alimentação muito saudável. Não posso comer nada que tenha gordura, doce e fritura. Para ter uma qualidade de vida um pouco melhor, tomo remédios antes de cada refeição para tentar ajudar na digestão“, desabafou.
Ainda hoje, Nara segue indo regularmente ao hospital devido às crises, ao menos uma vez na semana. “Minha vida mudou totalmente desde que comi aquele lanche“, lamentou, e concluiu: “Sinto falta de comer o que gostava, como pastel e batata frita, e sei que são coisas que nunca mais vou poder comer”, lamentou. Confira o relato na íntegra:
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