Justiça concede liberdade condicional a Elize Matsunaga; saiba detalhes

Matsunaga foi presa há 10 anos acusada pela morte e esquartejamento do marido, Marcos Matsunaga, que era dono do grupo Yoki

Elize Matsunaga

Dez anos após ser presa pela morte do marido, Elize Matsunaga teve sua liberdade condicional concedida nesta segunda-feira (30). A informação foi confirmada pelo advogado dela, Luciano de Freitas Santoro, ao G1. Com a decisão da Justiça, a técnica de enfermagem pôde deixar a penitenciária no final da tarde de hoje.

“A Secretaria da Administração Penitenciária informa que hoje (30), às 17h35, após decisão judicial, a direção da Penitenciária Feminina ‘Santa Maria Eufrásia Pelletier’ de Tremembé deu cumprimento ao Alvará de Soltura em favor da presa Elize Matsunaga, em virtude de Livramento Condicional”, disse a secretaria em um comunicado divulgado pelo UOL.

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Elize Matsunaga estava presa há 10 anos por matar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga. (Foto: Divulgação/Netflix)

A Justiça acatou o recurso solicitado pela defesa de Elize, determinando que ela cumprirá o restante de sua pena em liberdade. Ela havia sido condenada a 19 anos e 11 meses de prisão, mas por confessar a autoria do crime, teve sua pena reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça em 2019. Por fim, a condenação foi resumida a uma pena de 16 anos e três meses. Em Tremembé, Matsunaga estava ao lado de outras detentas de crimes que também chocaram o Brasil, como Anna Carolina Jatobá (madrasta de Isabella Nardoni) e Suzane von Richthofen.

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Nos últimos anos, Elize tem se esforçado para pedir o perdão à filha – a quem está impedida de ver desde 2012. Ela já exibiu cartazes e mensagens durante suas saídas temporárias da prisão, deu sua primeira entrevista falando sobre o assunto no documentário “Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime”, além de ter escrito à mão sua autobiografia, “Piquenique no Inferno”, na qual escreve uma carta para a criança. Além disso, durante o cárcere, Matsunaga desenvolveu um trabalho na área da costura.

Relembre o caso

Elize Matsunaga foi condenada pela morte do marido, Marcos Matsunaga, então presidente do grupo Yoki. O crime aconteceu no dia 19 de maio de 2012, num duplex em que o casal morava com a filha, em São Paulo. O empresário foi morto com um tiro de pistola e teve seu corpo esquartejado em sete partes. Os resquícios do corpo foram ensacados e espalhados próximos de Cotia, na região metropolitana de São Paulo.

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Em junho daquele ano, Elize teve sua prisão preventiva decretada e foi detida na Penitenciária de Tremembé. Já em dezembro de 2016, um júri popular condenou a técnica de enfermagem pelo assassinato do marido, além dos crimes de destruição e ocultação de cadáver, com um agravante da impossibilidade de defesa da vítima – visto que o tiro teria sido disparado de uma curta distância.

https://youtu.be/g-E-ZSEFk_s