Lamentável! Juíza de Minas Gerais incentiva aglomerações e faz “tutorial” de como burlar uso de máscaras

A juíza Ludmila Lins Grilo voltou a causar revolta nas redes sociais nesta segunda-feira (04), após publicar um vídeo no Twitter fazendo um “tutorial” de como burlar o uso de máscaras em lugares fechados. A magistrada do Tribunal de Minas Gerais constantemente compartilha suas opiniões em relação à pandemia da Covid-19. Ela é contra o isolamento social e o uso das máscaras.

No vídeo compartilhado ontem, Ludmila aparece dentro de um shopping, com um pote de sorvete em mãos. “O vírus não gosta de sorvete“, afirma ela no registro. “Passo a passo para andar sem máscara no shopping de forma legítima, sem ser admoestado e ainda posar de bondoso: 1- compre um sorvete. 2- pendure a máscara no pescoço ou na orelha, para afetar elevação moral; 3- caminhe naturalmente“, declarou ainda, na legenda.

A magistrada já havia sido alvo de críticas na virada do ano, quando compartilhou um vídeo de pessoas caminhando pela Rua das Pedras, em Búzios (RJ), e incentivou aglomerações. “Uma cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão. Aqui, a vida continua. Foi maravilhoso passar meu Réveillon nessa vibe”, escreveu ela, usando ainda a hashtag #AglomeraBrasil.

A juíza, que é guru da família Bolsonaro e admiradora do escritor Olavo de Carvalho, coleciona mais de 140 mil seguidores no Twitter. Em sua descrição, Ludmila se autodenomina “sem ideologias e sem firulas”. As provocações em relação aos protocolos de segurança contra o contágio do novo coronavírus são constantes no perfil dela. No dia 3 de janeiro, Grillo postou uma selfie em um restaurante. “Parei pra comer uma pizza aqui, rapidão. Pizzaria tá cheia, mas não se preocupem: como eu já estou sentada, o vírus passa por cima“, ironizou.

Nesta terça-feira (05), ela mandou um recado aos que a estão criticando. “A corrosão das inteligências passa pela negação do que os seus olhos veem, substituindo a realidade por um sentimento ou uma ideia. É a elevação das sensações à categoria de verdade absoluta, invertendo toda a estrutura da realidade, que acaba por ficar em segundo plano“, começou.

Sim. Seus olhos veem os restaurantes funcionando, com as pessoas entrando de máscara e as retirando logo assim que se sentam à mesa, permanecendo lá por horas conversando e cuspindo gotículas uns nas caras dos outros, descontraidamente“, analisou a juíza.

Ludmila alegou ainda que as pessoas colocam a emoção acima da razão. “Você se esforça para negar a estupidez que esta conduta representa, porque você já colocou suas sensações acima da verdade, vivendo em uma matrix que nega o óbvio e aceita passivamente a imbecilidade como padrão, pois assim se sente acolhido no seio social e evita problemas…“, continuou.

Como eu não padeço da sua fraqueza moral, continuarei fazendo o mesmo trabalho de exposição da burrice, da hipocrisia e dos comportamentos lobotomizados – mesmo você, analfabeto funcional, não compreendendo que estou falando sobre tudo – menos de um vírus“, afirmou por fim.

Investigação no CNJ

A juíza chegou a ser alvo de um pedido de investigação de sua conduta no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), feito pelo advogado José Belha Assis Trad. O profissional afirma que Ludmila, “ao se manifestar contra as recomendações das autoridades sanitárias, embora não tenha formação e não seja médica sanitarista – o público que tem acesso ao conteúdo das postagens da doutora passa a confundir a opinião, infundada, da magistrada com a da magistratura”.

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Críticas nas redes sociais

Diante dos absurdos postados, internautas se revoltaram com a magistrada. “Gravar vídeo ensinando a burlar uma lei é um paradoxo inaceitável para quem exerce o cargo de juiz. O CNJ, caso ainda não tenha assumido de vez que é um órgão decorativo, deveria pegar pesado na punição. Mas estamos em Banânia. A tal de Ludmila vai sair ilesa dessa história“, criticou um internauta.

Na boa, Ludmila tem comportamento nada compatível de membro da magistratura, parece adolescente mimada que ficou magoada por receber negativa dos pais. Aí começa bater pezinho. Que mulher infantilizada, impressionante“, afirmou outro. “A menos que a juíza Ludmila Lins Grilo tenha se expressado mal, acha que só estado de defesa e de sítio poderiam restringir aglomerações, que seriam expressões do direito de ir e vir. Aí ela recorre a uma hashtag que exorta à aglomeração e faz pouco caso do distanciamento social“, declarou o jornalista Reinaldo Azevedo. Confira:

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