Laudo revela causa da morte e o que tinha em bombom dado a crianças no RJ

Ythallo Raphael Tobias Rosa tinha 6 anos, e Benjamim Rodrigues Ribeiro, 7. Eles foram socorridos com os mesmos sintomas, mas não resistiram

O laudo do Instituto Médio Legal (IML) do Rio de Janeiro confirmou que Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, e Benjamim Rodrigues Ribeiro, de 7, morreram envenenados com chumbinho. A substância é ilegal, e seu uso foi difundido como raticida. O documentou foi divulgado pela Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira (10).

No laudo, foi constatada alta concentração de “terbufós-sulfúrico, sendo este último produto da degradação e metabolização do terbufós“. O legista acrescentou que essa substância pertence ao grupo dos organofosforados, popularmente conhecida como chumbinho.

Conforme a Polícia Civil, a linha de investigação adotada é que uma mulher tenha dado bombom envenenado para as crianças, ao passar de moto pela rua onde elas estavam. As autoridades informaram, ainda, que as imagens continuam sendo analisadas para confirmar a identidade da suspeita.

Contudo, os agentes já teriam localizado tanto a mulher quanto a motocicleta em que ela estava. De acordo com a investigação, as características condizem com o que foi relatado por testemunhas. A polícia, por sua vez, enfatizou que só irá divulgar o nome da suspeita quando não houver mais dúvidas sobre a participação dela no crime. O investigador do caso explicou à Folha que a cautela “seria para evitar um possível linchamento”.

Os dois meninos frequentavam a Escola Municipal Rostham Pedro de Farias (Foto: Reprodução/TV Globo)

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Sobre o caso

O envenenamento aconteceu no fim da tarde do dia 30 de setembro, em um dos acessos da Comunidade Primavera, no Bairro de Cavalcanti, na zona norte do Rio de Janeiro.

Ythallo Rafael morreu no mesmo dia do crime. Ele chegou a ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, mas não resistiu. Benjamim, que foi socorrido para a mesma unidade, faleceu nesta quarta (9), em decorrência de uma morte cerebral. Conforme o g1, os meninos apresentaram os mesmos sintomas graves, como vômitos e perda de consciência.

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As crianças, que estudavam na mesma escola, tinham retornado da aula e estavam brincando na rua. Em depoimento, o primo de Ythallo disse que uma mulher com capacete e luvas ofereceu o bombom. O parente da vítima não quis comer o doce, mas o pequeno aceitou e dividiu com Benjamim.

A Polícia Civil registrou o boletim de ocorrência na 44ª DP (Inhaúma). O enterro de Ythallo aconteceu no último dia 2 de outubro, no cemitério de Inhaúma, também zona norte do RJ.

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