Médico italiano é preso em flagrante por importunar sexualmente mascote em jogo de futebol no PR

O médico terá que pagar fiança para responder ao caso em liberdade

O médico italiano Alfredo Colapietra foi preso em flagrante neste domingo (4), por importunar sexualmente uma mulher de 28 anos que trabalhava durante uma partida de futebol no estádio Willie Davis, em Maringá (PR). A vítima exercia sua função como mascote de uma empresa enquanto o jogo acontecia.

A companhia de água para a qual a mulher trabalha é patrocinadora do time Maringá FC. De acordo com a polícia, Alfredo passou a mão nas partes íntimas da vítima enquanto tirava uma foto com ela. Depois disso, ele saiu do local onde estava a mascote e foi em direção à torcida. A mulher acionou os agentes policiais que estavam no local.

Quando a polícia encontrou Alfredo, ele havia trocado de camisa. O suspeito foi preso em flagrante por importunação sexual e encaminhado à delegacia de Maringá. De acordo com o delegado Dimitri Tostes, o italiano é médico, mas o Conselho Regional de Medicina (CRM) disse que ele não tem validação para atuar no Brasil.

Segundo a Polícia Civil, ele negou a acusação na delegacia. A defesa do suspeito declarou que não vai se manifestar sobre o caso. A polícia estabeleceu uma fiança de R$ 50 mil para que o médico responda o inquérito em liberdade. Alfredo veio ao Brasil para ministrar um curso de lifting de rosto e pescoço na Universidade Uningá.

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O Maringá FC afirmou que está comprometido em combater qualquer violência, dentro ou fora do estádio. “Reforçamos que buscamos sempre que o estádio seja um local seguro para todos os torcedores e não aceitaremos qualquer tipo de conduta semelhante em nossos jogos”, escreveu o time.

Fantasia de mascote que a vítima vestia quando foi importunada sexualmente pelo médico. (Foto: Reprodução/ Instagram)

O clube ainda afirmou que uma ação em parceria com o Ministério Público e a Federação Paranaense para implementar o protocolo “Não é Não”, contra a violência, importunação e assédio no trabalho está em desenvolvimento. Já a empresa para a qual a vítima trabalhava emitiu uma nota na qual repudiou o comportamento do médico.

Leia a íntegra:

“Reiteramos o nosso compromisso inabalável em combater qualquer forma de violência dentro e fora dos estádios e nos colocamos sempre à disposição para esclarecimento dos fatos. Reforçamos que buscamos sempre que o estádio seja um local seguro para todos os torcedores e não aceitaremos qualquer tipo de conduta semelhante em nossos jogos.

Destacamos ainda que já existe uma ação em parceria com o Ministério Público, Federação Paranaense e os clubes do Paraná que visa implementar o protocolo “Não é Não”, contra a violência, importunação e assédio no trabalho, especialmente contra as mulheres. O protocolo já está na fase inicial de treinamento das instituições envolvidas, com atividades programadas de 12/08 a 13/09, tendo como objetivo oferecer suporte integral às vítimas e garantir a rápida identificação dos infratores.

Atenciosamente,

Diretoria do Maringá Futebol Clube SAF”.

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