Uma menina de 12 anos foi encontrada morta em uma rua de Belo Horizonte. Uma câmera de segurança registrou o momento em que um homem saiu de casa com a garota desacordada no colo e a deixou na calçada. Nesta sexta-feira (26), a Polícia Civil apresentou o laudo do caso em coletiva de imprensa, que revelou que a vítima foi estuprada e asfixiada.
O crime aconteceu no dia 16 de janeiro. A menina foi vista entrando na casa do suspeito por volta das 10h13. No início da tarde, o homem já foi gravado segurando o corpo da vítima. Um vizinho reconheceu o suspeito como o seu sobrinho e entregou as imagens da câmera de segurança para a Polícia Militar. O agressor foi preso por suspeita de homicídio e encaminhado para a Central de Flagrantes.
Segundo as autoridades, o homem de 25 anos fez pressão no tórax da vítima até que ela ficasse sem ar durante o estupro. Além disso, a menina sofreu uma convulsão por conta da asfixia. Os exames toxicológicos não detectaram nenhuma droga no corpo da garota. No seu depoimento, o homem alegou que a menina teria usado “loló”, passado mal e morrido do lado de fora de sua casa.
Ele também disse que a vítima teria pedido um copo de água, e que por este motivo ele a levou para a sua casa. Porém, a polícia confirmou que o homem convenceu a vítima a ir até a sua casa já com o intuito de estuprá-la. Assim, foi descartada a hipótese de homicídio culposo – quando não há intenção de matar.
“Ele teve a intenção do estupro, levou a vítima até o local, efetuou o estupro e, no decorrer do estupro, fez o sufocamento. Mas não se preocupou com o resultado possível, e que veio ocorrer, que foi a morte. Ele não se propôs a socorrer a vítima”, declarou o delegado Leandro Alves Santos.
As investigações ainda apontaram que material genético encontrado no corpo da vítima tem o mesmo DNA do suspeito. Todavia, ele negou à polícia que abusou da menina. De acordo com o delegado, a vítima já estava morta quando foi deixada na calçada, o que indicou que o homem simulou socorro ao colocá-la deitada no rua.
“A vítima morreu muito próximo do momento da chegada na casa dele. […] Ele tentou simular que ela morreu do lado de fora da casa”, apontou ele. O agressor foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio, fraude processual e corrupção de menores. Somadas, as penas podem chegar a 54 anos de prisão.
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