Deise Moura dos Anjos, principal suspeita de envenenar o bolo que matou três pessoas de uma mesma família, foi encontrada morta na prisão, na manhã desta quinta-feira (13). Ela estava na Penitenciária de Guaíba, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, desde o dia 5 de janeiro.
O chefe de polícia, Fernando Sodré, confirmou a notícia. “Vamos apurar as circunstâncias agora”, declarou ele ao jornal gaúcho, Zero Hora. Em nota, a Polícia Penal informou que Deise foi encontrada “sem sinais vitais” durante a conferência matinal na penitenciária.
“Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência que, ao chegar no local, constatou o óbito. Deise estava sozinha na cela. As circunstâncias serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias”, detalhou a corporação.
A principal hipótese é suicídio, conforme a CNN Brasil. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou que a morte ocorreu “por asfixia mecânica autoinfligida”.

Relembre o caso
Deise dos Anjos era investigada pela morte de três pessoas da mesma família, envenenadas no dia 23 de dezembro, em Torres, ao comerem um bolo. Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória, como apontou o hospital. Já Neuza Denize Silva dos Anjos veio a óbito devido um “choque pós-intoxicação alimentar”.
Zeli dos Anjos, sogra de Deise, e um sobrinho-neto, de 10 anos, filho de Tatiana, também consumiram o doce e foram internados. No entanto, já receberam alta. Conforme as investigações, a farinha usada no preparo do bolo estava envenenada com arsênio há pelo menos um mês. De acordo com o delegado Marcos Vinícius Veloso, a suspeita esteve em Arroio do Sal no dia 20 de novembro, quando teria misturado a substância ao ingrediente.
A mulher também estava sendo investigada pelas mortes do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro de 2024, e do próprio pai José Louri da Silveira Moura, em 2020. Paulo faleceu após consumir banana com leite em pó, e José teve como causa da morte, cirrose.
Deise respondia por suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno, e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada.
