Rubens Ferreira do Espírito Santo, fundador do Atelier do Centro, foi condenado a 15 anos de reclusão em regime fechado por violação sexual mediante fraude contra três ex-alunas. Segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o réu, que responde ao processo em liberdade, poderá recorrer da decisão de primeira instância.
De acordo com a colunista, a sentença foi assinada na terça-feira (26), pela juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo. Rubens foi sentenciado a cinco anos para cada uma das três vítimas que entraram com o processo contra ele. Uma delas é a artista plástica Mirela Cabral, que compartilhou relatos no podcast de Chico Felitti, em janeiro de 2023.
Para a magistrada, os crimes foram praticados de forma continuada e por pessoa com autoridade sobre as vítimas. Rubens foi acusado de promover exploração financeira e violência física, sexual e psicológica em sua escola de arte, que funcionava na região central da capital paulista. Ele sempre negou as acusações.
Na época em que repercutiu o caso, Rubens chegou a divulgar uma carta. No texto, ele pediu desculpas por “eventuais excessos” e defendeu que todas as atividades eram consensuais. O fundador da escola de arte ainda negou que a instituição fosse uma seita e que tivesse explorando financeiramente os alunos.
Obtido por Bergamo, o processo consta que o alvo das acusações alegou o mesmo na carta, ou seja, que os fatos aconteceram em um contexto artístico. Por enquanto, Rubens ou sua defesa ainda não se pronunciaram sobre a sentença.
Chico Felitti se pronuncia
Chico Felitti também comentou sobre a sentença de Rubens, nos stories no Instagram. Ele frisou que o acusado pode responder ao primeiro processo em liberdade “enquanto não foi confirmada essa decisão”. “Eu trago essa notícia para dar um fechamento para o podcast ‘O Ateliê’, que contava a história de ex-alunas que decidiram denunciar o Rubens Espírito Santo por violações e violências que elas diziam que aconteceram enquanto elas eram alunas“, disse o jornalista.
“Elas diziam que a escola era uma seita. O podcast terminou no ano passado sem uma conclusão. Era inconclusivo, a escola fechou imediatamente após o podcast sair. Não voltou a existir [a escola], virou outra coisa na rua Epitácio Pessoa, mas o podcast não tinha tido essa conclusão“, continuou.
Assista:
Chico Felitti fala sobre a prisão de Rubens Espírito Santo, do podcast “O Ateliê” – Parte 1 pic.twitter.com/m2C3cWBUKa
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Felitti também explicou o porquê do podcast não estar mais no ar. “Ele não está mais nas plataformas. Por que isso aconteceu? Porque algumas das pessoas envolvidas me procuraram e pediram para que ele fosse retirado do ar. Elas não queriam ser pra sempre associadas a esse caso. Elas não queriam que o nome delas tivessem para sempre ligado a um crime, se a Justiça assim julgou, do qual elas foram vítimas. E eu achei justo“, observou.
“Essas pessoas só queriam seguir adiante com a vida delas. Achei justíssimo. O podcast já tinha cumprido o papel dele, já tinha informado, as pessoas já tinham escutado, já tinha vindo a público essa história. Logo, o podcast não está mais nas plataformas“, esclareceu o jornalista.
Confira:
Chico Felitti fala sobre a prisão de Rubens Espírito Santo, do podcast “O Ateliê” – Parte 2 pic.twitter.com/CovJRJsrhe
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