Padrasto é preso suspeito de envenenar comida que já matou 4 pessoas da família no PI; assista

Francisco de Assis Pereira da Costa foi preso na manhã desta quarta-feira (8), e disse que a Justiça irá provar quem foi o responsável

Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (8), suspeito de envenenar o baião de dois consumido por ele e sua família no dia 1º de janeiro. A notícia foi confirmada pela Polícia Civil do Piauí. O caso aconteceu em Parnaíba, no litoral do estado, e já resultou em quatro mortes.

Francisco é padrasto de duas das vítimas e chegou a ser internado após o envenenamento, mas sobreviveu. “Deus vai mostrar o culpado”, disse ele, ao ser levado à delegacia. Segundo o UOL, o homem também afirmou aos jornalistas que a Justiça provaria quem foi o responsável pelo envenenamento.

A prisão do suspeito ocorre um dia após enteada dele morrer. Francisca Maria da Silva, de 32 anos, estava hospitalizada em Parnaíba e veio a óbito na madrugada dessa terça (7). O irmão dela, Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, foi o primeiro a falecer ainda a caminho do hospital.

Igno Davi, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, filhos de Francisca também não resistiram. A outra filha dela, de apenas 4 anos, segue internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Assista ao momento em que Francisco chega à delegacia:

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Entenda o caso

Nove pessoas de uma mesma família passaram mal após comerem as sobras da ceia preparada no dia 31 de dezembro. Quatro morreram, outras quatro foram internadas, mas receberam alta, e uma continua no hospital.

Segundo o Instituto de Medicina Legal (IML), o baião de dois ingerido pela família foi envenenado com terbufós, um produto químico altamente tóxico usado em pesticidas e na composição do chumbinho. Ele ataca o sistema nervoso central e a comunicação entre músculos, causando tremores, crises convulsivas, falta de ar e cólicas. Os efeitos aparecem pouco tempo depois da exposição ao elemento, podem deixar sequelas neurológicas e causar a morte. A venda dele, inclusive, é proibida no Brasil.

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Dado o resultado, a Polícia Civil do Piauí (PCPI) investiga o caso como homicídio. De acordo com o delegado Abimael Silva, as vítimas tiveram frequência cardíaca abaixo do normal e sudorese intensa, sinais de envenenamento. “Com o resultado do laudo, a Polícia Civil descarta a possibilidade de que as mortes tenham sido naturais ou acidentais. Alguém colocou a substância no arroz no dia 1º. A gente entende que houve uma intenção de colocar essa substância na comida deles. A gente vai partir para uma investigação de homicídio, descartando morte natural ou acidental”, declarou ao “Fantástico” de domingo (5).

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