O soldado Luca Romano Angerami, que estava desaparecido há mais de um mês e foi encontrado morto nesta segunda-feira (20), foi torturado, segundo a polícia. Ele sumiu no Guarujá, na Baixada Santista. As informações foram apresentadas pela Polícia Civil em coletiva de imprensa. O corpo da vítima foi encontrado durante esta manhã, enterrado na comunidade Vila Baiana, na mesma cidade.
O PM foi visto pela última vez perto de um ponto de tráfico de drogas em Guarujá, no dia 14 de abril. Desde então, durante as buscas, os policiais encontraram 12 corpos e prenderam 9 suspeitos de envolvimento no crime. “Além do homicídio, houve sequestro, cárcere privado e tortura. Esse policial militar foi submetido ao chamado tribunal do crime”, afirmou o delegado Fabiano Barbeiro, da Divisão Especializada de Investigações Criminais.
Ainda de acordo com o delegado, a polícia identificou sinais de violência no corpo do rapaz, que teriam acontecido tanto antes quanto depois da morte. No entanto, Barbeiro ressaltou que o cadáver ainda passará por exames do Instituto Médico Legal (IML). Uma tatuagem no braço esquerdo teria ajudado na identificação do PM.
O PM foi visto durante a madrugada do dia 14 de abril, em uma adega na comunidade Santo Antônio, com dois amigos. Depois, câmeras de monitoramento filmaram o agente sendo acompanhado por um homem até a biqueira onde foi visto pela última vez em Guarujá.
Na noite do dia 18, um suspeito, Carlos Vinicius Santos da Silva, de 26 anos, foi preso. Uma equipe da Polícia Militar leu mensagens em um celular que comprovaram a participação dele no crime. É ele quem aparece ao lado do soldado da PM na biqueira.
Depois que Carlos Vinicius foi detido, a polícia identificou mais suspeitos envolvidos, com base no depoimento e mensagens. No dia 19 de abril, quatro foram presos. Cada um teria uma responsabilidade durante o crime. Um teria ficado com a arma de Luca, outro seria o dono da biqueira, um suspeito de abandonar o carro, e outro dirigido com o PM até a comunidade. Na sequência, mais três suspeitos foram detidos e estão sendo investigados.
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