Polícia aponta nova teoria em caso de empresário encontrado morto no Autódromo de Interlagos

Polícia segue tentando esclarecer o caso

A investigação sobre a morte de Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, ganhou um novo rumo nesta terça-feira (10). A Polícia Civil de São Paulo passou a considerar que o empresário possa ter sido vítima de um golpe do tipo mata-leão durante um confronto com um dos seguranças do evento, realizado em 30 de maio no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital. Essa possibilidade se soma a outras linhas de apuração que tentam explicar o que ocorreu após a última vez em que ele foi visto com vida.

Na noite do desaparecimento, Adalberto se despediu de um amigo que o acompanhava no evento e mandou uma mensagem para a esposa dizendo que jantaria em casa. Segundo a polícia, há indícios de que ele tenha se desentendido com alguém no trajeto até seu carro, estacionado no kartódromo. O número elevado de seguranças no evento — cerca de cem — é um dos motivos que levou os investigadores a aprofundarem os depoimentos. Pelo menos cinco desses profissionais prestaram esclarecimentos nesta terça-feira (10), e um novo depoimento do amigo Rafael também está previsto.

Outras hipóteses seguem sendo avaliadas. Uma delas é a de que o empresário tenha sido dopado dentro do próprio carro, possivelmente com a substância conhecida como “boa noite, Cinderela”. O veículo foi periciado no sábado (7) e apresentava sangue em ao menos quatro pontos: ao lado da porta, no banco de trás, no assoalho traseiro e atrás do banco do passageiro. A perícia confirmou que o sangue é humano, mas o confronto genético ainda vai determinar se o material é da vítima.

Corpo foi encontrado em buraco no autódromo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Continua depois da Publicidade

Relembre o caso

Na terça-feira (3), o corpo do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, foi encontrado em um buraco dentro de uma área em obras no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. A vítima estava desaparecida desde a sexta-feira (30), quando participou de um festival voltado a motociclistas no local. A Polícia Civil investiga o caso como morte suspeita.

O buraco onde o corpo foi localizado fica em uma região próxima ao portão 9 do autódromo, entre a pista e o kartódromo. Segundo a Polícia Militar ao jornal O Globo, trata-se de uma estrutura com cerca de 2,5 metros de profundidade e apenas 50 centímetros de largura. Um funcionário da obra teria visto o corpo, que usava um capacete de motociclista — o mesmo que Adalberto havia levado ao evento. A vítima estava sem calça e sem tênis, mas não havia sinais evidentes de agressão, conforme avaliação inicial da polícia.

Continua depois da Publicidade

A confirmação da identidade foi feita ainda na terça, embora familiares já tivessem reconhecido o corpo antes mesmo do laudo oficial. Desde o fim da tarde de sexta-feira, Adalberto não mantinha contato com a família. A última mensagem trocada com a esposa, Fernanda Dândalo, farmacêutica de 34 anos, foi registrada às 19h40.

Preocupada com a demora, ela acionou um amigo do marido, Rafael, também presente no festival. Ele contou que Adalberto se despediu afirmando que daria a volta no autódromo para buscar o carro que havia deixado no estacionamento do kartódromo. Saiba detalhes clicando aqui.

Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques