Polícia Civil investiga mortes de gatos após morador deixar ‘carta de reclamação’ em condomínio de Alagoas

Ração com substância semelhante a “chumbinho” está sob perícia

Dois gatos morreram e um ficou ferido, em um condomínio em Maceió, sob suspeita de envenenamento. A Polícia Civil de Alagoas investiga o caso, que foi registrado no domingo (30). Cartas de ameaça foram enviadas antes do ocorrido, e um caso de maus tratos já havia sido registrado.

O animal que sobreviveu chegou a ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). As contas hospitalares, pagas pelos tutores após encontrar o gato espumando e urinado no condomínio localizado no bairro Barro Duro, somaram mais de R$ 3 mil.

Cristiane Xavier, dona de um dos animais envenenados, contou ao UOL que outro boletim de ocorrência já tinha sido registrado quando um dos moradores jogou óleo quente em um animal. Antes disso, segundo ela, outro morador recebeu uma carta de reclamação sobre os bichos. “É justo perder várias noites de sono por causa de gatos de rua miando alto e sem parar a noite toda? Esses animais devem ser acolhidos ou doados para alguém (…)“, dizia um trecho do texto.

Cristiane revelou, ainda, que um dos animais mortos passou por necrópsia em laboratório da UFAL (Universidade Federal de Alagoas) e que o resultado deve sair na próxima semana.

Carta de ameaça foi enviada antes de suposto envenenamento de gatos, em Maceió. (Reprodução: TV Gazeta)

Uma das testemunhas levou à delegacia amostras de ração com substância semelhante a “chumbinho”. O material está com o Instituto de Criminalística e será periciado, como o delegado Roberto Davino informou ao UOL. Ele também apontou que os envolvidos foram chamados para depor e que um inquérito foi instaurado.

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Não há provas, até o momento, de que a carta de reclamação tenha sido escrita por um dos envolvidos no suposto envenenamento. As medidas cabíveis serão tomadas quando a polícia receber os resultados da perícia, de acordo com Roberto Davino. “Neste caso, configura-se como crime de maus-tratos e o responsável pode sofrer reclusão de 2 à 5 anos. Com o aumento de um terço da pena”, informou o delegado.

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