Polícia conclui caso de publicitário morto após deixar sauna gay, e aponta o que aconteceu; assista

Ivalda Aleixo, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também disse o que Yuri Castro teria feito ao deixar o estabelecimento

A morte do publicitário Yuri Henrique de Castro, de 23 anos, após sair de uma sauna gay no Largo do Arouche, centro de São Paulo, foi acidental. Ao Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, nesta terça-feira (28), a delegada Ivalda Aleixo, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também deu o caso como concluído.

No início deste mês, imagens obtidas pela Polícia Civil revelaram que Yuri caiu do telhado de um sobrado na rua General Osório, no Santa Ifigênia. A causa da morte, segundo o laudo pericial, foi politraumatismo – lesões múltiplas que ocorrem ao mesmo tempo em mais de um órgão ou sistema do corpo.

Já no programa, Ivalda afirmou que falta apenas a conclusão de alguns laudos. “A investigação já está concluída, nós já estamos com o caso solucionado. Infelizmente, o Yuri veio a falecer mesmo, mas em consequência de uma queda. Ele mesmo deixa esse hotel, tem uma discussão lá por causa de valores na conta, do que foi consumido lá dentro”, pontuou a delegada.

Ela ainda explicou o passo a passo que o publicitário teria feito ao deixar o estabelecimento. “E aí ele deixa o hotel nu. Ele sai do hotel, entra na cozinha de outro hotel que tem nas proximidades. Ele entra pela garagem. Depois ele passa a escalar os prédios ali, ele vai pelos fundos do prédio, até que ele sofre uma queda e vem a falecer”, detalhou.

De acordo com a chefe do DHPP, outras imagens obtidas pela polícia mostram a movimentação de Yuri nesses locais. “Falavam que ele havia sido vítima de homicídio, não é verdade. Não é isso que aconteceu”, declarou Aleixo. Ela ressaltou que todos os seguranças do local, as pessoas que trabalham em ambos os hotéis e moradores da região foram ouvidos pela polícia. “Nesse caso do Yuri, não tem ninguém preso, porque foi uma queda, [algo] acidental mesmo”, explicou a delegada. Assista: 

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O que aconteceu?

Yuri Castro foi visto pela última vez em 22 de abril na sauna gay Hotel Chilli, no Largo do Arouche. Ele foi encontrado por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas veio a óbito após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento Vergueiro, no bairro da Liberdade, sem documentos. O corpo do rapaz foi direcionado ao Instituto Médio Legal e reconhecido pela família posteriormente.

De acordo com o pai de Yuri, Marco Antonio, o filho teria saído de casa no sábado (2o de abril). Na segunda (22), um amigo do publicitário entrou em contato com a família, avisou que eles estavam em um hotel e não conseguiram pagar a conta porque tiveram um problema com o cartão. O rapaz, então, teria saído do local para buscar dinheiro e deixado um celular como garantia. Porém, quando retornou, Yuri não estava mais no estabelecimento. Ele contou que seguranças do hotel estavam recolhendo as coisas dele, afirmando que o jovem teria “dado fuga” e deixado os pertences para trás.

Yuri desapareceu após ir a uma sauna gay, em São Paulo (Foto: Reprodução/Instagram)

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Estabelecimento nega envolvimento

Ao UOL, Douglas Drumond, proprietário do estabelecimento, pontuou que a sauna faz “pressão” para os funcionários ficarem atentos em seus postos e impeçam que devedores deixem o local. Porém, negou que os empregados sejam cobrados pelas dívidas de clientes. Em abril deste ano, o responsável também negou qualquer envolvimento na morte de Yuri Castro.

Conforme Drumond, o jovem era frequentador assíduo da sauna e não foi tratado de forma violenta, como apontado por algumas postagens nas redes sociais. Saiba mais sobre o caso, clicando aqui.

Hotel Chilli nega envolvimento na morte do publicitário (Foto: Reprodução)
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