Tempestade de poeira encobre cidades do interior de São Paulo, e vídeos e relatos chocam a web: “Cena apavorante”; assista

Franca

Na tarde deste domingo (26), moradores de Franca e Ribeirão Preto, interior de São Paulo, se assustaram com uma forte ventania e uma nuvem de poeira que se alastrou pelas cidades. A condição climática afetou os motoristas, que tiveram dificuldade de enxergar o trânsito, e fez com que comerciantes fechassem suas portas. Além disso, moradores afirmaram que sentiram dificuldade para respirar.

Segundo a Folha de São Paulo, Orlândia, Dumont, Viradouro e Jardinópolis também foram afetadas pelo fenômeno. Nesses locais, a energia caiu e, em alguns, faltou internet. Nas redes sociais, moradores compartilharam fotos e vídeos do momento assustador. “Foi uma cena apavorante, ficou tudo tomado pela poeira, eu não enxergava nada na minha frente. Do lado, muitas sacolas, folhas e papéis estavam voando para todo lado e até o carro sacudia com o vento. Todo mundo ligou o pisca alerta dos carros. Fiquei com medo porque a gente não pode subestimar a força da natureza“, contou o comerciante Eduardo Rodrigues Sanches, à publicação. Ele teve que enfrentar a tempestade ao levar o filho no supermercado.

De acordo com a Defesa Civil, a falta de chuva deixou o solo da região extremamente seco. Combinada com fortes rajadas de vento a quase 100 km/h, a poeira se levantou e formou a tempestade. Logo depois do fenômeno, a cidade teve chuva com relâmpagos e trovoadas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirmou que a área continua sob observação com risco de novas chuvas intensas até o meio-dia desta segunda-feira (27).

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Ana Luisa Flausino, também moradora de Franca, foi surpreendida com a mudança brusca no tempo. “Estava até sol, mas ficou escuro e pensei que era chuva. Quando olhei, a poeira já tinha tomado a região toda do meu bairro. Foi uma sensação horrível de sufocamento porque parecia que estava entrando poeira dentro de casa, estava com cheiro forte, muito forte mesmo“, disse ela, ao jornal.

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Segundo a jornalista Ana Luisa Silva, a situação toda se deu aproximadamente às 16h30. “Pela janela, eu vi a nuvem de poeira vindo para a direção do meu apartamento e fiquei bem assustada. Na verdade, parecia que o mundo estava acabando, sabe? Quando encobriu o bairro, o condomínio onde eu moro, fiquei com bastante medo. Foi questão de uns quatro minutos e ficou tudo escuro“, relembrou.

Em comunicado, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) pediu a colaboração dos moradores para que não utilizem água com a limpeza de suas casas, mesmo com a grande quantidade de poeira e fuligem gerada pela tempestade. Desde o dia 2 de setembro, a companhia mantém um racionamento na região. “Sabemos que o evento atípico de hoje (26/9) trouxe uma grande quantidade de poeira e fuligem para dentro das casas. Mas o município passa por um período de severa estiagem, com rodízio no abastecimento de água. É preciso que todos usem a água de forma consciente, sem desperdícios“, disse a nota.