Mayk Gustavo Ribeiro da Silva, de 29 anos, morreu nesta quinta-feira (19), após sofrer um acidente de moto em Curitiba, no Paraná. Ele ficou conhecido nacionalmente em 2024 após um episódio que quase terminou em tragédia. No dia 14 de março daquele ano, enquanto trabalhava na limpeza da fachada de um edifício no bairro Água Verde, também em Curitiba, Mayk teve a corda de segurança cortada por um morador da cobertura, a cerca de 18 metros de altura. A queda só foi evitada por um equipamento conhecido como trava-quedas.
Segundo o jornal local Banda B, Mayk estava sozinho quando perdeu o controle da moto e colidiu contra um anteparo na Rua André Ferreira Barbosa, no bairro Pinheirinho. A Polícia Militar ainda não conseguiu identificar as causas do acidente. O corpo foi encaminhado à Polícia Científica, e o velório está marcado para sábado (21), no Cemitério Municipal de Itanhaém, em São Paulo, cidade onde vive a família.
A morte foi confirmada pela advogada do rapaz, Herliane Marmitt, que lamentou a tragédia. “Infelizmente, quando a vida começou a dar certo, surgiram oportunidades de cursos, ele começou a se desenvolver de novo na profissão, tomar coragem para entrar de cabeça no mercado de trabalho, porque ele passou por um tratamento psicológico e psiquiátrico, acontece uma fatalidade dessa”, declarou.

Relembre o caso
No dia 14 de março de 2024, Mayk trabalhava na limpeza externa do 6º andar de um edifício no bairro Água Verde, em Curitiba, quando o morador do 27º andar, Raul Ferreira Pelegrin, cortou com uma faca a corda que o sustentava. A polícia foi acionada e encontrou Raul escondido em um dos quartos do apartamento. Ele foi preso em flagrante e denunciado por tentativa de homicídio qualificado.
À época, Mayk contou que ficou sem reação ao perceber que sua corda havia sido cortada. “No momento que a minha corda afrouxou, eu fiquei desesperado. Não é uma coisa normal. Foi muito rápido, mas como a empresa passa um treinamento pra gente, eu fiz um desvio de corda, fiquei preso pela linha de vida, pelo trava-quedas”, relatou em entrevista ao programa Encontro. Ele também disse que nunca teve contato com Raul e que não houve nenhum desentendimento antes do ataque.
Trabalhador fala pela primeira vez sobre ter a corda cortada por morador parte 1 pic.twitter.com/2boTlqvHy5
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) March 28, 2024
Raul morreu semanas depois, em 5 de abril, por pneumonia, enquanto estava internado sob custódia no Hospital Angelina Caron. A defesa alegou que ele sofria de dependência química e havia pedido internação em uma clínica, o que foi negado pela Justiça. Após o atentado, Mayk relatou medo de voltar ao trabalho e passou a redobrar os cuidados com a segurança durante os serviços em altura. Confira todos os detalhes, clicando aqui.
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