Tutora morta por cachorro passou mal antes do ataque; esposa relata momentos de terror

O caso aconteceu no domingo (13), em Cidade Ocidental, no Distrito Federal

Stefane Xavier da Silva, de 31 anos, foi atacada e morta pelo próprio cachorro da raça pitbull em um condomínio em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal, no último domingo (13). Dias após a tragédia, a esposa da vítima revelou que Stefane sofreu uma convulsão antes do ataque.

Em entrevista à TV Anhanguera, a companheira, que preferiu não se identificar, contou que Stefane passou mal repentinamente e caiu no chão. O cachorro da família, chamado Aquiles, teria estranhado a situação e atacado a tutora, mordendo-a no pescoço.

Ela acredita que o mal-estar tenha assustado o animal e provocado a reação agressiva. “Ela passou mal no chão e ele estranhou. Eu fiz de tudo para tentar tirar ele de cima dela, mas não consegui”, lamentou.

Sem conseguir conter o ataque sozinha, a mulher correu com a filha de apenas quatro meses no colo, gritando por ajuda. “Pedi ajuda para os vizinhos, mas ninguém teve coragem de ajudar enquanto ele estava em cima dela por medo”, relatou.

Após o ataque, os vizinhos conseguiram conter o animal e o mataram a pauladas, temendo que ele ferisse mais alguém. O cão, que tinha nove anos, vivia com a família desde filhote.

A companheira e a criança não ficaram feridas, mas os traumas do episódio seguem vivos. “Foi horrível. Fica na minha mente o tempo todo o que eu vi. Espero que passe essa dor que eu estou sentindo, a dor da família dela e de todo mundo”, desabafou.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas quando a equipe chegou ao local, Stefane já estava sem vida. O corpo foi encaminhado à Polícia Técnico-Científica, que irá apurar oficialmente a causa da morte.

Stefane pegou o animal ainda filhote. Segundo o irmão da vítima, o pit bull nunca apresentou comportamento agressivo. (Foto: Ãrquivo Pessoal)

Segundo familiares, Aquiles sempre foi tratado com carinho por Stefane, que pegou o animal ainda filhote. Nas redes sociais, ela costumava se referir ao animal como seu “guardião” e “companheiro”.

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O delegado Aluísio Nascimento, responsável pela investigação, afirmou que o cachorro nunca havia demonstrado comportamento agressivo com pessoas, embora não se desse bem com outros animais. Para ele, tudo indica que o caso foi uma tragédia acidental.

“Pelo que a gente tomou conhecimento, o cachorro não tinha comportamento agressivo com pessoas. Ele tinha um comportamento um pouco ríspido com outros animais, mas com a tutora dele, ele nunca tinha atacado. Não tinha indício de violência contra as pessoas que moravam na residência”, explicou o delegado à TV Anhanguera.

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