A estudante Bruna Oliveira da Silva desapareceu no último domingo (13), minutos após deixar o Terminal de Metrô Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Nesta sexta-feira (20), a TV Globo divulgou imagens de câmeras de segurança que registraram os últimos momentos em que Bruna foi vista.
Nas gravações, é possível ver a jovem de 28 anos saindo da estação e atravessando a rua, em direção à sua casa — localizada a cerca de 20 minutos a pé dali. Em seguida, outra câmera flagra Bruna caminhando por um trecho que ela costumava percorrer com frequência. Depois disso, a jovem não aparece mais nas imagens. A polícia acredita que ela tenha sido capturada em algum ponto entre os dois últimos registros.
Confira o vídeo:
Estudante desaparece após desembarcar no Terminal Itaquera, na Zona Leste de São Paulo pic.twitter.com/VoMSrvkNdI
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) April 20, 2025
O corpo de Bruna foi encontrado sem vida na quinta-feira (17), nos fundos de um estacionamento próximo ao terminal, com marcas de agressão. A polícia agora busca novas imagens que possam revelar se ela foi seguida, abordada ou levada por alguém durante o trajeto.
Em entrevista ao g1, a família contou que Bruna passou o fim de semana no Butantã, Zona Oeste da capital, na casa do namorado. Na noite de domingo, ela pegou o metrô rumo à estação Corinthians-Itaquera, na linha 3-Vermelha.
Já na estação, ela enviou uma última mensagem à mãe, avisando que havia perdido o ônibus e que estava com pouca bateria. A mãe fez um Pix para que a filha chamasse um carro por aplicativo. No entanto, Bruna usou o celular pela última vez por volta das 22h20 — e nunca chegou em casa.
O desaparecimento foi registrado pelos pais na manhã seguinte. O corpo da jovem foi encontrado três dias depois, na Avenida Miguel Ignácio Curi, com sinais de agressão e vestida apenas com roupas íntimas. A identificação foi feita no Instituto Médico Legal (IML), na sexta (18), por meio das tatuagens da estudante.
O caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Até o momento, não há informações sobre suspeitos ou a causa exata da morte.
“As investigações estão em andamento visando o total esclarecimento dos fatos”, informou a Secretaria da Segurança Pública em nota.
Bruna era mestranda em Mudança Social e Participação Política pela Universidade de São Paulo (USP) e mãe de um menino de 7 anos. Feminista, ela era atuante no combate à violência de gênero e se dedicava à causa. “Minha filha sempre lutou em prol do feminismo. Era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como mais temia e como eu mais temia. Aí pergunto: ‘Por que não fui eu?’. A dor seria bem menor”, desabafou a mãe, emocionada.
Já o pai de Bruna destacou sua doçura e generosidade: “Ela vivia no mundo da Alice no País das Maravilhas. Para ela, todo mundo era gente boa. Ela era uma criança gigante. Não tinha maldade nenhuma e não fazia mal para ninguém. Todo cachorro ou gato que achava na rua, ela falava: ‘Pai, leva pra casa'”. Pra mim, ela não vai morrer nunca. Onde eu estiver, ela vai estar do meu lado, porque ela era meu anjo da guarda”.
