A diretora e proprietária da Escola de Educação Infantil Alegria de Saber, uma instituição particular em Osasco, na Grande São Paulo, foi flagrada agredindo um menino de dois anos durante o horário do lanche. O caso veio à tona após uma ex-funcionária registrar as agressões em vídeo.
De acordo com informações do g1, Marina Rodrigues de Lima está sendo investigada pela Polícia Civil por maus-tratos, lesão corporal, submissão de criança ou adolescente a vexame e tortura.
As imagens foram gravadas por Ingrid Oliveira no dia 29 de janeiro, após ela decidir registrar as atitudes da diretora de forma escondida. Nos vídeos, a criança aparece sendo puxada pela camisa para longe dos demais alunos. Em seguida, Marina chacoalha o menino e tenta forçá-lo a tomar uma vitamina. Diante da resistência, ela desfere vários tapas no rosto da criança.
Proprietária de escola agride criança com tapas no rosto; veja vídeo
A proprietária de uma escola infantil foi flagrada agredindo um menino de cerca de 2 anos nesta quinta-feira (6).https://t.co/UN8Jn9Pzic#osasco #escola #violenciainfantil pic.twitter.com/AwuCWL1GEd
— Diário da Região (@webdiario) February 6, 2025
Em outro vídeo obtido pela TV Globo, a diretora exige que um aluno faça uma oração antes de comer. “Papai do céu… vai, vamos! Faz a oração. Não vai fazer? Pode dar comida para os outros, ele não vai pegar comida agora, enquanto ele não fizer a oração”, diz Marina.
A ex-funcionária revelou à emissora o motivo que a levou a fazer as gravações. “Eu comecei a perceber umas coisas que estavam acontecendo lá e comecei a gravar. Não acho certo. Se fosse com a minha filha, eu queria que alguém me contasse, e foi isso o que eu fiz”, justificou Ingrid.
Após a repercussão do caso, a Secretaria da Segurança Pública informou que o 8º Distrito Policial de Osasco instaurou um inquérito para apurar os maus-tratos contra crianças de dois e três anos na escola.
Leia a nota oficial:
“O 8º Distrito Policial de Osasco instaurou um inquérito policial para investigar uma denúncia de maus-tratos contra crianças de dois e três anos, ocorridos em uma escola de educação infantil particular, no bairro Padroeira. Foram requisitados exames de corpo de delito para os menores e demais diligências estão em andamento para esclarecer os fatos. Outros detalhes serão preservados por envolver menores de idade. A ocorrência foi registrada como maus-tratos, lesão corporal, submeter criança ou adolescente a vexame e tortura.”
Larissa Soares, mãe de um dos alunos da escola, relatou ter notado mudanças no comportamento do filho de dois anos, além de marcas pelo corpo, como arranhões e manchas roxas. O menino frequenta a creche há sete meses.
“As coisas que ela fazia com ele, ele replicava em casa com a gente. Notei sinais físicos também, só que ele não sabe se expressar ainda da maneira certa. Então nunca chegou a me falar nada, apesar de eu sempre perguntar”, relatou.
Membros do Conselho Tutelar estiveram na escola na tarde desta quinta-feira (6). A reportagem tentou contato com a diretora, mas não obteve resposta até a última atualização deste texto.
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